Não percam “Mundo Alas”

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Que lo injusto no me sea indiferente

Antes de morar na Argentina já gostava de León Gieco. Agora virei fã. Além de músico excepcional, ele é uma máquina de defender causas que “valem a pena”. Na semana passada, por exemplo, organizou e tocou no primeiro Festival da Canção Social, que marcou os 33 anos do golpe militar na Argentina. Mas foi por causa do lançamento do documentário Mundo Alas, que fui assistir hoje, é que recentemente ganhou a mídia de todo o país.

O filme, um road movie segundo Gieco, relata a vida de um grupo de artistas com algum tipo de deficiência, ou “descapacitados” (numa linguagem mais politicamente correta), que são seus amigos e que o acompanharam em uma turnê. São jovens artistas – a maioria entre 20 e 30 anos – que ele conheceu ao longo da vida, em diversas circunstâncias. Pelo filme desfilam, por exemplo, Alejandro Davio, que foi afetado por uma hidrocefalia completa; Pancho Chévez, que canta e toca gaita de boca, mesmo sem ter os pés e braços; cinco bailarinos com síndrome de Down que dançam tango; artistas que pintam com os pés, e por aí vai.

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Ao longo do filme, o expectador vai conhecendo as histórias de vida de cada um, seus desejos, suas miradas do mundo. Os shows, os ensaios, a estrada e os hotéis funcionam como cenários. O documentário é lindo, não é piegas, mas nem por isso deixa de emocionar. O projeto tem como eixo central o documentário, mas inclui também um disco (editado pela EMI), um livro, uma série de televisão e ainda uma segunda turnê, este ano, por toda la Argentina.

O que mais me encanta é que Gieco, com todo seu prestígio, podia estar em casa descansando ou compondo. Mas não. Está por aí, sempre metido em coisas inovadoras.

Outras informações, sinopse e trailer do filme em www.mundoalas.com.ar

 

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