Robar hasta la posibilidad de recuerdo puede ser demasiado

malvinas31 O livro Fantasmas de Malvinas, que leio agora, dedica um capítulo a questão da memória fotográfica. “Un buen lugar para volver a Malvinas es El Museo Imperial de la Guerra, em Londres”, diz o autor Federico Lorenz. Muitas das cartas e fotos, pelo menos as que não foram picoteadas pelos “isleños”, foram roubadas pelos ingleses. Como fazem sempre.

Há quase 30 anos, o uso de câmeras fotográficas não era tão comum, o que torna esses registros ainda mais valiosos. Para muitos jovens, além de estar em guerra, era a primeira vez que viam o mar, ou que voavam de avião.  O que puderam, registraram.

Lorenz também publicou há dois anos o livro Cruces: idas y vueltas de Malvinas, junto com María Laura Guembe, coordenadora do Arquivo Fotográfico sobre Terrorismo de Estado de da associação Memoria Abierta. Eles compilaram 80 de quase 3 mil fotos inéditas da guerra que encontraram após investigação que contou com o apoio de ex-combatentes, familiares das vítimas e militares argentinos. A foto acima é desse livro. Final da guerra.

Uma parte dessa história também pode ser vista em uma exposição de 40 painéis de fotografias que estão expostas em frente ao Canal 7, aqui em Buenos Aires, até o dia 20 de abril. A mostra faz parte das celebrações de lembrança dos 27 anos do início da guerra do Atlântico Sul, em 2 de abril de 1982.

A exposição está composta por três relatos fotográficos: Malvinas. Retratos y paisajes de guerra, com fotografias de Juan Travnik; Paisajes isleños, de Tomás Terroba; y Malvinas: Un reportaje Visual, com trabalhos de Eduardo Farré, Juan Sandoval, Román von Eckstein (repórter de oi Télam – agencia oficial de noticias do Governo), Rafael Wollmann y Osvaldo Zurlo, entre outros jornalistas.

Segundo dados oficiais argentinos, 649 soldados morreram em combate e 1.068 resultaram feriados. A Inglaterra reconhece 255 falecidos entre suas tropas e cerca de 700 feridos.

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