Contra a “palermización” de San Telmo ou “a gente não quer mais lojinhas de roupas”

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San Telmo é um dos bairros mais antigos e charmosos de Buenos Aires. E é também o menor. Não tem a sofisticação da Recoleta, nem o clima “muderno” de Palermo. Exatamente por isso é tão especial. Com ruelas de paralelepípedos e casarões dos séculos 18 e 19, se caracterizada pelo grande número de antiquários, galerias de arte e restaurantes e ainda conserva a atmosfera boêmia de outros tempos. Por aqui, muita gente ainda anda de bicicleta e é adepta do slow-life. Nos domingos, abriga uma feira enorme de antiguidades, e fica semelhante à Portobello Road, em Londres, ou ao Mercado do Rastro, em Madri. É um bairro, como diz um amigo, que conserva a escala humana.

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O crescimento do turismo em Buenos Aires, no entanto, ameaça a manutenção dessas características. Recentemente, os moradores se reuniram numa associação chamada San Telmo Preserva para evitar, entre outras coisas, obras sem consulta pública e arquitetônica, o asfaltamento do bairro, o fechamento de ruas e o que chamam aqui de “palermização de San Telmo”.  Mas o que quer dizer isso? Quer dizer que chegada de turistas estrangeiros colocou o bairro na moda, como já aconteceu antes com o bairro de Palermo. Em conseqüência, o valor dos aluguéis subiu muitíssimo, afugentando diversos comerciantes tradicionais, que fecharam as portas para dar lugar a lojinhas de roupas (muitas delas de gosto e qualidade duvidosa), objetos de design e restaurantes sofisticados. Os vizinhos não querem que o bairro mude seu aspecto e sua identidade apenas para gerar mais negócios. Mas é isso que vem acontecendo. Achava um exagero, até ver três novas “tiendas de ropas” abrirem na minha quadra no espaço de um mês. Agora quero me juntar à associação.

Contra la “palermización” de San Telmo o “no queremos mas tienditas de diseño”

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San Telmo es uno de los más antiguos y encantadores barrios de Buenos Aires. Y quizás también el menor. No es sofisticado como Recoleta, ni “moderno” como Palermo. Exactamente eso es lo que lo hace tan especial. Con callecitas de adoquines y caserones del siglo XVII  y XIX, se caracteriza por la cantidad de anticuarios, galerías de arte y restaurantes y aún conserva la atmosfera bohemia de otros tiempos. Por aquí, mucha gente anda aún en bicicleta y es adepta de la slow-life. Los domingos alberga una enorme feria de antigüedades y entonces se parece a Portobello Road en Londres o al Mercado Del Rastro en Madrid. Es un barrio, como dice un amigo, que conserva la escala humana. 

Imagem 037El crecimiento del turismo en Buenos Aires, mientras tanto, amenaza la continuidad de esas características. Recientemente, los moradores se reunieron en una asociación llamada San Telmo Preserva para evitar, entre otras cosas, obras sin audiencia pública y arquitectónica, el asfaltado del barrio, el cierre de calles y lo que aquí llaman “la palermización de San Telmo”, haciendo referencia al barrio de Palermo que se puso de moda ante la llegada del turismo extranjero. Así, por ejemplo, los alquileres subieron muchísimo, ahuyentando a los comerciantes tradicionales, que cerraron sus puertas para dar lugar a tienditas de ropa (muchas de ellas de calidad y gusto dudoso) o de objetos de design y restaurantes sofisticados. Los vecinos no quieren que el barrio cambie su aspecto e identidad solo para generar más negocios. Pero eso es lo que viene sucediendo. Pensaba que exageraban, hasta que ví en un mes abrirse tres nuevas “tiendas de diseño” en mi cuadra.

Ahora quiero unirme  a la asociación.

Outras informações:

http://ensantelmo.com.ar

http://www.santelmopreserva.blogspot.com/

http://santelmonline.com

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