Buenos Aires básica _ Quinta-feira

Para quem chega quinta de manhã, sugiro começar por um almoço em grande estilo. Deixoduas sugestões, para dois tipos de “bolsos”, todos na mesma região: o tradicional Chiquilín (Sarmiento, 1599- esquina com Montevidéo), que não é barato, mas é maravilhoso;  Lo de Lalo (Montevideo e Corrientes), com preços médios (menú executivo por 26 pesos), ou no Pipo, que é mais barato (Montevideo, 341).  Para outras alternativas, o melhor é consultar o guiaoleo.com.ar.

Depois do almoço, há duas opções.

• Para os mais preguiçosos, e para quem está vindo pela primeira vez, a digestão pode ser feita no solzinho, mas em um city tour, para ter uma idéia geral da cidade. Por apenas 25 pesos é possível comprar um passe que vale por um dia inteiro nos novos ônibus turísticos. Eles saem de um lugar bem no centro (cruzamento das ruas Florida e Diagonal Norte, a poucos quarteirões da Plaza de Mayo) e passam por 12 pontos diferentes da cidade. É possível descer em qualquer ponto e voltar a tomar o ônibus, dentro do horário de funcionamento (entre 9 da manhã e 20h, sendo que o último ônibus sai de Florida às 17:30). O trajeto total dura 2h e 45 minutos. Quem quiser economizar, pode comprar o passe para dois dias por 35 pesos. De Boca a Palermo, passando pelo centro e Puerto Madero, o ônibus cobre a maior parte do trajeto turístico da cidade. O site do ônibus é http://www.buenosairesbus.com. Fazer o tour e depois seguir o roteiro abaixo pelo Centro.
• Para quem gosta de caminhar, o negócio é andar até a praça do Congresso e de lá, pela Av. de Mayo, até a Plaza de Mayo. Bem devagarinho, desfrutando a arquitetura. Tem que caminhar olhando para cima!! É na Av. de Mayo que está, por exemplo, o Palácio Barolo, inaugurado em 1923 e que foi, durante muitos anos, o prédio mais alto da cidade. O prédio é todo com referências à Divina Comédia, com a divisão geral do projeto em três partes, que correspondem ao inferno, purgatório e céu. Se não tiver fila, recomendo um café no tradicional Tortoni, a caminho da Plaza de Mayo, onde estão o Cabildo, a primeira sede de governo; a Catedral (com os restos mortais de San Martín – herói da independência) e, é claro, a Casa Rosada, sede do governo.

• Para os dois grupos: A dica é fazer o sentido inverso só que pela Avenida Corrientes. Adoro essa avenida no final da tarde, com as luzes dos teatros começando a acender. Ficar por ali, caminhando entre as livrarias, lojas de CDs, cafés e teatros. Dá para tomar um chocolate com churros no La Giralda (Corrientes 1453) ou conhecer o café Gato Negro (FOTO – Corrientes 1669). Os dois, como o Tortoni, estão na famosa lista de Bares Notables de Buenos Aires, que pode ser consultada AQUI.  Chegando perto da esquina de Callao, há diversas livrarias bacanas, como a Gandhi e a Zival’s, fora os vários sebos, com obras usadas.
• Depois de voltar para o hotel, tomar um banho e descansar, há várias opções para a noite. Tem gente que gosta de Puerto Madero, eu não. Me abstenho de dicas nesta área então. Pra mim, Puerto Madero vale uma caminhada, qualquer dia, no final da tarde. Para a noite de quinta, minha sugestão é jantar em Palermo, que tem dezenas de restaurantes bacanas,  e depois ir a uma milonga. Há duas opções boas de milonga na quinta: La Viruta (FOTO abaixo), em Palermo, ou Cochabamba, 444. Para quem não é de vinho e quer somente tomar uma cerveja, dois pubs em regiões diferentes: o Bangalore, em Palermo ou então o Gibraltar, em San Telmo. Os dois estão sempre muito cheios e é uma opção para não vem “de casal”. Quer dizer, é pra quem quer agito mesmo. Para os que gostam de propostas mais alternativas, sugiro conferir a programação cultural do Konex.

• PS1: SEMPRE fazer reserva nos restaurantes.
• PS2: Palermo é um bairro mais cool, mais “Jardins”, mais paulista, mais moderno. San Temo é mais alternativo, mais Lapa, mais Rio. Pra que ninguém dê na turma errada!