Uma lenda chamada Sérgio Jacaré

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Porque ainda é inverno, porque ando emotiva, porque deu saudades, porque quando ele morreu foi a primeira – e última vez – que vi chorando uma pessoa que quero muito, porque sou do pampa, porque a Débora lembrou antes, e eu lembrei agora. Por que?

Bueno, não sei…mas fiquei com vontade de publicar algo aqui sobre Luiz Sérgio Metz, o famoso Jacaré, o nosso Rimbaud dos Pampas, autor do romance Assim na Terra (Artes & Ofícios, 1995), considerado uma das 10 mais importantes obras de ficção do Rio Grande do Sul de todos os tempos.

Antes, clica aqui e põe uma trilha sonora. Contatos Imediatos do Terceiro Mundo, letra de Jacaré, interpretada pelo Tambo do Bando.

Luiz Sérgio Metz nasceu em Santo Ângelo (RS) no dia 3 de julho de 1952. Criou-se na cidade natal, estudou Comunicação Social em Santa Maria e viveu sua carreira profissional em Porto Alegre. Foi escritor, jornalista e letrista do grupo Tambo do Bando. Jacaré, como era conhecido, morreu de câncer em 20 de junho de 1996.

“Ele próprio era uma síntese. Filho de pai descendente de colonos alemães e de mãe de colonos italianos, se criou nos arrabaldes de Santo Ângelo, coração das Missões, viveu como guri entre a cidade e o campo, foi cavalariano no Exército, cruzou com índios e castelhanos, conheceu o Sul profundo da vida estancieira, cursou a Universidade, foi jornalista, pai de filhos, pós-graduou-se em literatura, amou, viveu rápido, escreveu, fez amigos para toda a eternidade”, disse Luís Augusto Fischer, em texto reproduzido também em PAMPAURBANA, blog que traz uma longa matéria sobre Metz.

Jaca“Era a noite em que principia o inverno. Fria, chuvosa. A noite do solstício. Um dia simples findava. Num leito de hospital, em Porto Alegre, um homem perdia sua batalha derradeira. Havia passado as últimas quatro semanas lutando contra o desfecho do qual ninguém escapa, mas contra o qual – tristemente – todos lutam. Já estava calmo. Último, e único, varão de uma família recheada de mulheres, tinha 44 anos. Dois livros publicados. Um filho. Uma filha. Uma obsessão: o Sul.”. Parte de texto de Flávio Ilha, publicado na revista APLAUSO.

PS: Alguém, por favor, sabe onde posso conseguir CDs do Tambo do Bando para baixar? Ou quem sabe uma alma caridosa grava e me manda de presente?

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