Uma história sem fim

1906291-1Desde que cheguei aqui me intrigam uns anúncios de desaparecidos que são publicados no jornal Página 12. Sai a fotinho e uma pequena biografia. São colocados por pessoas que não se conformam por não terem encontrado os corpos de seus familiares queridos, mortos durante a ditadura militar na Argentina. Sempre que vejo esses anúncios penso na luta louca e insana dessa gente que não desiste. Mas aí vejo algumas matérias, como a que saiu no sábado no Clarín, e penso que eles estão certos mesmo.

Na semana passada um grupo de especialista da Equipe Argentina de Antropologia Forense, que trabalha na identificação de tumbas no cemitério de Avellaneda logrou identificar os restos de LUIS CIANCIO, seqüestrado em 7 de dezembro de 1976, aos 25 anos, por representantes da marinha argentina. A família, três irmãos e seu filho, como antes seus pais Dora Alegre e Luis Alberto, nunca abandonaram as buscas. Depois de 33 anos, a história volta a se armas os pedaços na cidade de Berisso, cerca de La Plata. Matéria completa AQUI.

tapanOS VÔOS DA MORTE

A história, na verdade, não para aqui na Argentina, ao contrário do Brasil, onde não se fala mais sobre ditadura. O jornal Página 12 deste domingo, por exemplo, trouxe uma foto enorme de um dos aviões usados pela Escola de Mecânica da Marinha, conhecida como ESMA, um dos piores centros de repressão do país. A matéria apresenta novos testemunhos sobre os vôos da morte e sobre as metodologias usadas pelas Forças Armadas para desfazer-se dos detenidos. Os depoimentos são impressionantes. Os presos eram dopados, desvestidos e lançados sem nada que pudesse ajudar na identificação dos corpos, na altura de Mar Del Plata.

Matéria completa AQUI.

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