Le Corbusier em dose dupla

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poemeBuenos Aires recebe este mês duas mostras sobre Le Corbusier(1887-1965). A primeira, no Museo Nacional de Arte Decorativo, expõe as lâminas originais do livro “El poema del ángulo recto: un poema habitable, una casa poética”, de 1955. “Para Le Corbusier, foi seu testamento. A condensação de sua visão de mundo”, afirma Juan Calatrava, Diretor da Escola de Arquitetura de Granada, e um especialista na obra do arquiteto suíço. Mas de que se trata este poema? São 155 páginas com litografias a cores e desenhos acompanhados por um extenso poema em prosa, que condensa seu pensamento sobre o que é a arquitetura e a arte, e qual é o papel do artista na sociedade contemporânea. Nada menos que Fernand Léger e Picasso compraram alguns dos 225 exemplares do poema. É a primeira vez que estas obras são mostradas fora da Europa.

Outra exposição, no Centro Cultural Borges, apresenta “Le Corbusier en el Río de la Plata”, que conta a visita do famoso arquiteto à Argentina e ao Uruguai no ano de 1929. Apresenta um conjunto de fotografias e documentos dessa época e, mais importante, a influência que ele exerceu sobre os arquitetos e sobre a própria arquitetura da região.

A exposição está acompanhada por um documentário inédito, dirigido por Miguel Rodríguez Arias e por um livro que reflete as várias miradas dos argentinos e uruguaios sobre esta visita. Le Corbusier esteve em Buenos Aires há 80 anos, para dar dez conferências. Chegou ao país em um momento de mudança em sua profissão, que coincidiria com a crise mundial, e com a ilusão de concretizar na América obras de arquitetura e urbanismo, colocando algumas de suas anteriores criações européias em solo argentino.

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