Dicas de Santiago_ bairro Lastarria

El Biografo

Cinema como os de antigamente

 

Embora o bairro Bellavista seja o mais boêmio, me apaixonei por Lastarria, um bairro pequeninho que fica entre o Cerro Santa Lucía e o Parque Florestal, ao lado do Bellas Artes.

É bem onde está a feira de antiguidades e livros que funciona de quinta a sábado entre as ruas Rosal e Merced, em frente ao pátio do Museo de Artes Visuales, o MAVI que, infelizmente, nao tive tempo de conhecer.

É também nesse bairro que está a Plaza Mulato Gil de Castro e o cinema El Biógrafo.

As ruelas são cheias de pequenos cafés, restaurantes e galerias de arte, mas não possuem o clima agitado do Bellavista.

Para comer, indico o Patagonia Resto Bar e, de sobremesa, os sorvetes do Emporio La Rosa, com sabores que combinam, por exemplo, chocolate com manjericão.

1 Comment

  • Novaes disse:

    “Em Maurília, o viajante é convidado a visitar a cidade ao mesmo tempo em que observa uns velhos cartões-postais ilustrados que mostram como esta havia sido: a praça idêntica mas com uma galinha no lugar da estação de ônibus, o coreto no lugar do viaduto, duas moças com sombrinhas brancas no lugar da fábrica de explosivos. Para não decepcionar os habitantes, é necessário que o viajante louve a cidade dos cartões-postais e prefira-a à atual, tomando cuidado, porém, em conter seu pesar em relaçâo às mudanças nos limites de regras bem precisas: reconhecendo que a magnificência e a prosperidade da Maurília metrópole, se comparada com a velha Maurília provinciana, não restituem uma certa graça perdida, a qual, todavia, só agora pode ser apreciada aravés dos velhos cartões-postais, enquanto antes, em presença da Maurília provinciana, não se via absolutamente nada de gracioso, e ver-se-ia ainda menos hoje em dia, se Maurília tivesse permanecido como antes, e que, de qualquer modo, a metrópole tem este atrativo adicional – que mediante o que se tornou pode-se recordar com saudades daquilo que foi.”

    (Italo Calvino – As cidades Invisíveis)

    Lembro-me sempre de Maurília quando vejo a especulação imobiliária destruindo o delta do Tigre, quando vejo movimentos como o SantelmoPreserva, ou quando vou a um bairro em Sampa, onde nasci e vivi por muitos anos e sem ter ido lá por outros tantos, já não o reconheço. Apagaram uma parte do meu passado. As cidades têm mudado, e quase sempre essa mudança não é para melhor. Essa falta de memória das cidades me incomoda profundamente. Talvez eu, como a menina que sonhava ser trapezista, do Antonio Bivar, tenha também ‘medo do que não fica para sempre…’
    Novaes

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