O tiro no pé do Citibank argentino

O Ópera em seu príncipio. Jóia Art Deco.

A compra do Teatro Ópera pelo Citibank, e a conseqüente substituição do nome da tradicional casa simplesmente por “Citi” vem mobilizando os portenhos.

O banco defende que avançar sobre teatros e estádios que já possuem trajetória e nomes consagrados é uma tendência mundial de marketing de grandes empresas.

Foi o que aconteceu com o El Calderón, de Madri, que atualmente se chama Teatro Hägen Daazs, e o Kodak, de Hollywood, por exemplo.

Não é o que pensam os argentinos. Eles querem o teatro com o nome com o qual foi batizado em 1871.

A casa estreou com novo nome dia 26 de marco, quinta-feira passada. Ontem,segunda-feira, o grupo “Para que le devuelvan el nombre al Teatro Ópera”, no Facebook, já reunia 3.750 membros. Hoje subiu para 5.063.

Esse é o tema do Cartas de Buenos Aires, no Noblat. O texto na íntegra está AQUI.

Hoje, pelo menos três veículos de comunicação publicaram matéria sobre o tema, o que mostra que o movimento está tendo eco na cidade:  Buenos Aires Herald, Telám (a agencia do governo) e Ciudad1.

O Clarín publicou uma matéria no final de semana em que, sutilmente, compara esse movimento a nostalgia do tango. “Nostalgias de las cosas que han pasado”

Mas o que esperar desse jornal?

9 Comments

  • jeffrey disse:

    bem que fazem os porteños em recusar uma mudança dessa. não podemos negar que investimentos privados muitas vezes resgatam, mantém e/ou simplesmente contribuem muito com diversos espaços culturais, mas é necessário um limite. pegar uma tradição com quase um século e meio e mudar para algo sem peso apenas por ser mais comercial? nah…

  • Alejandra disse:

    Gracias por tu aporte. Voy a seguir tu blog!

  • André disse:

    depois de morar 4 anos em buenos aires e voltar a menos de 2 meses pro Brasil, ler seu blog é uma forma gostosa de matar a saudade! hahahaha
    um bj!

  • Gisele Teixeira disse:

    Oi André, depois de quatro anos aqui voce também deve ter um montao de dicas para a gente. Abre o jogo, vai!

  • Rasputín disse:

    En el potrerito de Huapí y Holmbert, el dueño de la pelota se llamaba Hernán Cafara, el padre era utilero en el Club Platense y le conseguía pelotas de las buenas. Como principal inversor del juego, Cafara reclamaba el derecho de elegir los mejores jugadores para su equipo, arbitraba en jugadas dudosas y se reservaba la responsabilidad de patear los penales. Que en virtud de su segunda atribución, eran estadísticamente más numerosas a favor de su equipo que a la inversa.
    Y así se jugaba en el potrerito de Huapí y Holmberg.
    Un día demolieron la casa del limonero, junto al campito, y los albañiles nos regalaron todas las pelotas perdidas que se habían juntado en la azotea. Había pelotas de todo tipo y antigüedad..y todos en la cuadra teníamos una o dos.
    Cafara estuvo un buen tiempo viendo los partidos desde afuera de la cancha, ahora los equipos eran más parejos, los penales los pateaban sus protagonistas y las jugadas dejaron de ser tan dudosas.

  • edu disse:

    Estas sugiriendo que la clase obrera deberìa demoler el edificio donde la acumulaciòn capitalista concentra la plusvalía?

  • Ricky disse:

    Como contraponto, lembra como Caxias do Sul gosta de teatro e de memória. O Ópera local, um marco arquitetônico de linhas singulares, foi incendiado na madrugada do Natal de 1994, e depois disso um estacionamento imenso foi construído no local. Muito eloquente do que a cidade é. Nada foi investigado. Ninguém punido.

  • Rasputín disse:

    Me conformo con boicotear cualquier espectaáculo que se presente en el Citi con un simple ausentismo, hasta que reconsideren cambiarle el nombre…y que además nos regalen pelotas a todos.

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