Aldea pequena, infierno grande

É inacreditável! Dois casos absurdos de violência contra as mulheres – e de vitimizacão dos acusados – ganharam espaço na mídia argentina nos últimos dias.

Semana passada, umas cem pessoas de uma cidadezinha chamada General Villegas organizaram uma marcha a favor de três acusados de abusarem de uma menor de 14 anos.

Há provas do abuso, já que os homens filmaram e distribuíram as imagens. Mas a população saiu em defesa do trio, dizendo que a moca era uma “vaguita”, ou seja, uma vagabunda.

Os três estão sendo acusados de abuso sexual agravado e difusão de pornografia, mas respondem o processo em liberdade.

Ontem, em outra cidade, chamada Olavarria, umas 300 pessoas também fizeram um ato em apoio a um medico ginecologista, acusado de abusar sexualmente seis pacientes. Elas disseram que ele oferecia uma terapia sexual para melhorar a vida do casal, que incluía ter relações sexuais com ele.

A manifestação de apoio foi organizada – pasmem – por Andrés Llado, marido de outra paciente, não envolvida no caso, via Facebook, com a seguinte chamada: “Marcha para apoyar al doctor Jorge Lescano”.

Só transferindo o Vaticano para cá mesmo…

3 Comments

  • Gi,

    Muy de acordo. Ontem, falava com marcos que queria escrever algo sobre isso. E também sobre este hábito argentino de estar “en contra” a aspectos de direitos humanos que sao unanimidades no mundo. Bravo!!!!!No mais acho que descobri o melhor sushi de buenos aires e é peruano! Louca para levá-los lá.

    gabi

  • EDUARDO disse:

    No tanta unanimidad:
    Acá juzgamos a los represores, mientras que en otros países (España, Uruguay, Brasil, Salvador, Guatemala, Portugal, Grecia ) siguen vigentes leyes de autoamnistía…
    Pero es cierto: estar en contra es una manía argentina, pero no necesariamente de los derechos humanos, mas bien es al revés, creemos que cualquier restricción es un atentado a nuestra libertades, y ahí,si : Cacerolazo, piquete, marcha, boicot, escrache, avalancha y fuqui fuqui.

    2) Es posible que el mejor sushi de Bs As sea peruano… ya tuvieron un presidente japonés!
    Y nuestros profes de tango en Niño Bien, son también japoneses…
    3) Coincido en que la manifestación de los maridos de las pacientes del ginecólogo toquetón y la de las las esposas de los pornógrafos de You tube es “demais”.

  • é verdade Edú, o que quis dizer é que estranho que haja um questionamento com relaçao a estórias como estas. E sim, esquecemos facilmente nossos torturadores, temos um amigo de familia, por exemplo, que foi ao domingo fazer compras no mercado, olhou para o lado e viu seu torturador da época de ditadura, tranquilamente comprando, passeando.
    Neste ponto, para bem ou mal, os argentinos sao bem mais questionadores de seus direitos.

    Mas, enfim eu acho mesmo a mistura sino peruana uma das melhores que há. Espero vcs no sábado!

    Gi, Eu adorei a coluna negra!E sou parceira de seguir provando da cultura negra por aqui. Adorei a história da desapariçao dos negros, nossa, eu e gilson já conversamos um montao sobre isso. Sempre nos perguntando sobre esta parte da história argentina. Muito legal!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *