Dicas de Mendoza – o tour de Alta Montanha

* POST ATUALIZADO EM MAIO DE 2014

Um dos passeio imperdíveis em Mendoza (junto com a visita às bodegas) é o caminho de Alta Montanha, rumo à fronteira com o Chile.

São cerca de 200 km estonteantes até Las Cuevas, último ponto antes do Paso Internacional Cristo Redentor, que leva ao país vizinho, e um pouco depois de Plaza de Mulas (4.300m), de onde saem as expedições para o Aconcágua (6.980m).

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A caminho de Uspallata (Fotos Gisele Teixeira)

 Alta Montanha

A maneira mais clássica de fazer esse passeio é de excursão, numa van. O passeio dura o dia todo, começando às sete horas, e pode ser meio puxado para ir de carro sozinho. O tour custa 300 pesos (valores atualizados em maio de 2014) e achei um bom investimento.

Quem quiser um passeio mais personalizado pode sair com um grupo menor, numa 4×4, mas aí o preço é mais salgado.

No caminho a gente passa por Potrerillos, um dos principais centros de esportes de aventura da província, especialmente de rafting, que é feito no rio Mendoza a partir de setembro, quando começa o degelo da Cordilheira dos Andes. O rafting chega a ter trechos de nível 5 em termos de dificuldade (o máximo é 6).

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Paradinha no Aconcágua Snack Bar, onde param todas as vans

 

Em seguida a gente vê o pico do Cerro Tupungato (6635metros) com sua neve eterna. E segue para o Valle de Uspallata, entre a cordilheira e a pré-cordilheira. Foi nesse vale que se concentrou o exército do general San Martín antes do famoso Cruze dos Andes e por isso se realizam por lá cavalgadas que transitam pelas Rotas Sanmartinianas. Foi em Uspallata também que Brad Bitt gravou cenas de Sete Anos no Tibet.

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Puente del Inca

Depois a gente passa por Punta de Vacas (2395m), onde os rios Tupungato e Las Cuevas se unem para formar o rio Mendoza. Segue para o centro de esqui Los Penitentes e, mais adiante, Puente del Inca, um local de onde jorram águas curativas de 34 e 38 graus. Foi descoberto pelos Incas e possui uma cor mostarda pela alta concentração de enxofre.

Pertinho dali fica o Cemitério dos Andinistas, onde são enterrados os montanhistas mortos no Aconcágua, a montanha mais alta deste planeta fora da Ásia Central.

Ao final chegamos a Las Cuevas, onde vivem hoje apenas sete pessoas. Somos recebidos com licor e chocolates e muito afeto. Aí é só brincar de bola de neve e voltar a ser criança.

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Criança feliz aprontando nos trilhos do antigo Transandino

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7 Comments

  • Nilson disse:

    Ótimos teus relatos, Gisele. Pena os preços do Azafrán terem subido tanto. Uma observaçãozinha sobre o Aconcágua: ele não é apenas o cume mais alto do Hemisfério Sul, é a montanha mais alta deste planeta fora da Ásia Central (Himalaia, Karakoram e tal).

    • Gisele Teixeira disse:

      Nilson, você toda a razão. Vou alterar as informações sobre o Aconcágua.

      Quanto ao Azafran, me parece que é realmente um restaurante acima da média, por isso os preços mais elevados, pelo menos para a média argentina – cerca de 70 pesos o bife de chorizo, por exemplo. Mas barato para o Brasil. Creio que vale cada um dos pesos gastos, eu é que nesse momento tenho outras prioridades. Vai ficar para a próxima.

      Me diz uma coisa, você é de Caçapava? Como você conhece o Seival?

      • Nilson disse:

        Sou de Cachoeira e passei sei eu quantas vezes pelo Seival ao longo de uns 35 anos, indo da Capital do Arroz pra Rainha da Fronteira, primeiro com meu pai, depois com meus filhos. Afinal, eles tinham que conhecer o forte, a Pedra do Segredo, o Seival e Lavras, não?

        Vê só o que faz a inflação: há um ano e meio poucos pratos do Azafrán custavam mais de 45-50 pesos. E os vinhos que interessaram tinham preços iguais aos das bodegas.

        Estou, claro, esperando a sequencia dos relatos da tua viagem. Também estive no Cañon del Atuel, mas não esqueci a carteira de motorista.

  • jair disse:

    ótimas images e belos comentários! =] tenho muita vontade de conhecer Mendoza, e agora ainda mais.

    gostei do preço da van. e saber que um dia é o suficiente prá conhecer a cidade em si, é bom tb. dá prá planejar melhor.

    =]
    saludos

  • Gisele Teixeira disse:

    Jair, este foi o passeio mais caro que a gente fez. Amanha vou postar as informações sobre os vinhedos. Pagamos 50 pesos pelo aluguel das bikes e fizemos tudo sozinhos. A entrada nas bodegas varia de 10 a 25 pesos, sem comida, claro.

    Se você quiser fazer o passeio numa van (fizemos os dois), sai 60 pesos com as entradas incluídas. Dá para fazer uma viagem barata, ficando em albergue e maneirando nos luxos, sem deixar de comer bem e tomar vinho bacana o tempo todo.

    Claro que é um charme almoçar de frente para as montanhas nevadas numa bodega ultra mega chique. Mas isso a gente optou por deixar para uma próxima vez.

    Aliás, são mais de 120 bodegas e não dá para visitar todas numa primeira corrida, né?

  • Vivi disse:

    Cenário tudo de bom para fotos lindas, hein? Que delícia de viagem! Bjs

  • meireruiz disse:

    Linda sua viagem! Conheci Mendoza com meu esposo em Agosto de 2010, adoramos.
    Vamos retornar este ano para levar nossos filhos.
    Parabéns pelas matérias.

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