Si este no es el pueblo, el pueblo dónde está?

 

Gente, essa é a imagem que tive hoje do cortejo fúnebre do ex-presidente Nestor Kirchner. Fiz o vídeo da sacada da Universidade.

Foi impressionante – e emocionante. Chuva forte, frio e absolutamente ninguém arredava o pé da rua.

Por isso, faço minhas as palavras do amigo Marcelo Barbao, do Direto de Buenos Aires:

“Como os jornais e TVs brasileiras, tão mediadas pelas visões de Clarín e La Nación poderão explicar essa demonstração de carinho a Nestor Kirchner e de apoio à presidenta Cristina Kirchner? Muitos dos meus amigos brasileiros – só tendo acesso à informação distorcida – achavam que todos odiavam o governo e a presidenta”.

E acrescento: qual o papel dos correspondentes brasileiros na Argentina neste processo? Estamos comodamente repetindo os velhos clichês fartamente oferecidos pela imprensa dominante ou tentamos apresentar a realidade, por mais complexa que ela seja?

11 Comments

  • Impressionante o vídeo gi. Fica o papel quase impossível de descrever o clima que tomou conta desse país nos últimos dias. Nem a imprensa nacional, nem os jornalistas brasileiros que aqui estao conseguem explicar a comoçao nacional. A Argentina padece da mesma doença midiática Brasileira, foi como o Lula disse, há poucas semanas na capa do Pg. 12. “Se fosse pela imprensa Brasileira eu teria 10% de aprovaçao popular”. É assim. No Brasil, ainda desqualificam a massa. Dizendo que o voto de Lula era o voto do ignorante. Aqui, até o Clarín está tendo que comer suas palavras. Belo vídeo amiga. Privilégio compartir com voce a experiencia de viver neste país incrível, ainda mais neste periódo tao especial da história sofrida Argentina. Mal posso esperar sua coluna de terça. Tenho certeza que contribuirá para uma visao mais lúcida de um país que me é cada dia mais querido.

  • Marcelo disse:

    Correspondentes não entendem o que é o peronismo (que sempre é chamado de populismo, sem nenhuma nuance), nem conseguem perceber 1/10 das particularidades da história argentina. Nunca saem da Recoleta e não têm noção do que é o país. Os que deveriam ter (por estarem há muito tempo por aqui), na minha humilde opinião, têm uma agenda bem estabelecida e por isso repetem lugares comuns como “vazio de poder”, “Cristina fabricada”, etc etc etc.

  • jair disse:

    eu vi um pouco do velorio ao vivo no TN, alem de alguns videos nesse mesmo site, e fiquei bastante emocionado. até certo ponto me surpreendi com o tamanho da mobilização, talvez um pouco influenciado pela midia no geral…

    enfim… é visível que o povo argentino sentiu demais essa partida inesperada do “pinguino”. acho que isso contribui positiviamente para que a Cristina FK se recupere e continue bem o seu mandato.

    (nao sei se posso, mas deixo aqui o link de uma homenagem publicada no TN… tn.com.ar/politica/121734/el-homenaje-de-un-baritono)

  • Gisele Teixeira disse:

    Jair, espero que a morte do Kirchner sirva pelo menos para eliminar qualquer possibilidade de candidatura do cara-de-pau do Cobos.
    Algumas coisas nao tem preco. Centenas de pessoas no refrao:
    Andáte Cobos la puta que te parió!!

    Te mando, caso nao tenha saído em TN!!

  • Eugenia disse:

    Tentamos apresentar a realidade, por mais complexa que ela seja.
    Evita miles de cabezas fritas.
    Un beso.

  • Janes disse:

    Fui correspondente em Buenos Aires e o que vi foi sim, milhares de apoiadores do casal K e milhares de apoiadores da oposição. Não me parecia avassaladora a multidão de apoio aos K, ao contrário. Vi um casal que, enquanto líderes de um país só, ao invés de unir seu povo, dividia, incitava o ódio. “Tem os que nos apoiam e os que são contra nós”, era o que diziam. Não havia espaço para discussão. Um correspondente não pode tomar partido, ponto. Mas eu pessoalmente jamais apoiei essa divisão e incitação ao ódio, assim como repudio a incitação à divisão dos brasileiros, tanto pelo PT quanto pelo PSDB, e ao ódio que tem sido promovida mais pelo PSDB nestas eleições por aqui.

    • Gisele Teixeira disse:

      Janes, a mim também não parecia tão avassalador o apoio aos K, mas de qualquer forma sempre tive a impressão de que era maior do que os correspondentes pintavam nos jornais brasileiros. Posso estar equivocada, claro…

      De qualquer forma, o povo deu um bom recado nos últimos dias.

      Infelizmente (e novamente) creio que a comoção que a gente viu aqui não chegou ao Brasil na dimensão do que ocorreu, especialmente por causa das eleições.

      Agora, sinceramente, não creio que os correspondentes brasileiros aqui sejam “neutros”, Nem acredito nessa neutralidade do jornalismo.

      Defendo bastante o governo, mesmo com suas deficiências e excessos, porque no balanço geral o saldo é positivo. E também porque não dá para apostar na oposição. Cobos, De Narvaes, Macri, Carrió. É dose, né?

      Como diz um amigo, a oposição me fez kirchnerista.

  • Ricky disse:

    Impressionante a comoção desse país, resumida nessa memorável cena da passagem do cortejo fúnebre. Parabens!
    A depender do mais importante telejornal do mais importante canal da TV a cabo no Brasil, eu nada teria visto. Nem ouvido. A palavra “Argentina” somente foi citada no contexto dos preparativos da seleção brasileira. Que tipo de mídia é essa?

  • Ernesto disse:

    Esta muy bien todo!!! Todos tienen razón..yo no polemizo más 🙂

  • martha disse:

    LA MUERTE REPENTINA DE KIRCHNER FUE REALMENTE UNA CONMOCIÓN PARA TODOS, UN SHOCK IMPRESIONANTE, UN DESCONCIERTO TOTAL Y UNA GRAN
    TRISTEZA.

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