Morre o fotógrafo Thomaz Farkas

O fotógrafo húngaro Thomaz Farkas morreu nesta sexta-feira (25) aos 86 anos, em São Paulo.

Fotógrafo, professor, produtor e diretor de cinema, Farkas vivia no Brasil desde a década de 30. Seu pai, Desidério, foi um dos pioneiros da fotografia e fundou a rede de lojas Fotoptica – a primeira a vender material fotográfico no país.

Nascido em Budapeste, em 1924, Farkas veio morar no Brasil aos seis anos. Aos oito, ganhou do pai sua primeira câmera fotográfica.

Dez anos depois, o que parecia hobby virou profissão. Influenciado por fotógrafos como Ansel Adams e Edward Weston, Farkas passou a fazer parte do Foto Cine Clube Bandeirantes – grupo que redefiniu o jeito de se fazer fotografia no país. No clube, foram formados nomes como Geraldo de Barros (1923-1998), Chico Albuquerque (1917-2000) e German Lorca.

Os fotógrafos dessa geração se especializaram em produzir imagens que tinham influências do movimento surrealista, que detalhava a arquitetura e cenas urbanas. Farkas tinham como cenários preferidos São Paulo e o Rio de Janeiro.

Na década de 70 o fotógrafo organizou expedições para o Norte e Nordeste do país ao lado de cineastas como Eduardo Escorel, Maurice Capovilla e Paulo Gil Soares, no que foi chamada a “Caravana Farkas”. O objetivo era produzir suas primeiras imagens coloridas fora da região Sudeste.

Obras em exposição
É no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, que se encontra grande parte da obra do artista – cerca de 34 mil imagens. Desde o dia 27 de janeiro a institução promove a exposição “Uma antologia pessoal”, uma retrospectiva da obra de Farkas, com cerca de cem imagens clicadas entre as décadas de 40 e 70. A abertura da mostra foi acompanhada pelo lançamento de um livro, com 150 fotografias, organizadas pelo próprio fotógrafo com a ajuda dos filhos, João e Kiko Farkas.

Texto do G1

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