Uma das coisas que descobri depois que vim morar em Buenos Aires é que adoro receber visitas. Nossa casa está sempre aberta aos amigos, aos amigos dos amigos e também a desconhecidos que, nesse caso, chegam sempre via Couchsurfing.
Para quem nunca ouviu falar, Couchsurfing (surfando no sofá, em português) é uma comunidade internacional de viajeiros que intercambia alojamento gratuito e hospitalidade. Já são mais de 2,7 milhões de usuários em 230 países.
O funcionamento é simples. Para participar as pessoas precisam apenas se cadastrar no site (www.couchsurfing.org) e abrir o coração! Pode ser apenas para tomar um café com um desconhecido e mostrar a cidade para quem está chegando, mas também para hospedar gratuitamente, pelo simples prazer de conhecer gente nova.
Para quem vai viajar, a busca começa por encontrar pessoas que estejam disponíveis para receber nos lugares de destino. As cidades mais ativas são Paris, Londres, Berlim e Istambul. Buenos Aires é a sétima. Mas há “couchsurfers” até nas Ilhas Glorioso, de apenas 5km2, no Oceano Pacífico.
Depois, é preciso eleger um perfil que tenha mais afinidade e, em seguida, enviar um email de apresentação, dizendo, principalmente, quando tempo quer ficar no “sofá do outro”. Recomenda-se bom senso.
Quem recebe o email, le o perfil do solicitante, as referências que outras pessoas deixaram sobre ele e, de acordo com isso, lhe envia uma resposta, aceitando ou não o pedido.
A Europa reúne o maior numero de “couchsurfers”, 51 %, com quase 1,5 milhão de pessoas. Na lista específica de países, o Brasil está em sétimo lugar, com 74 mil usuários. Embora a maioria dos viajantes tenha idade entre 18 e 34 anos (87%), há gente de todas as idades dispostas a intercambiar experiências. Especificamente, 230 mil pessoas entre 40 e 80 anos. Dois aqui em casa.
Nossa mais recente hóspede foi ArianeVan Galen, uma belga que nos deixou com o coração partido ao ir embora, há alguns dias. No período em que esteve em nossa casa, compartilhamos conversas, passeios, inquietudes e até receitas. Ela nos fez a gentileza de cozinhar sua nada light “Tartiflette de queijo Reblochon” e nós retribuímos com o locro argentino e uma boa e brasileira mousse de maracujá.
Sou fã do Couchsurfing também por razoes afetivas. A primeira vez que testei a comunidade foi em 2008,em Buenos Aires. Fui tão bem tratada que casei com meu “couchsurfer”.
A rede não é para isso, mas acontece!
Surfando meu sofa para o resto da vida… Pode ser?
Sííííí!!
Ahá! Então foi assim…
Muy bien 🙂
Por acaso tem um sofá sobrando em julho?
Beijo.
Coincidencia! Estaba leyendo tu blog, ese viaje al Cerrado y también la receta de raviolli de zapallo (abobora) con camarones cuando vi entrar tu mensaje por aqui! Claro que si, acá siempre hay un lugar. Sin garantias de que sea cómodo. Tenemos un pequeño cuarto de huéspedes y algunas comodidades espalhadas por sala y escritorio.
Tem sim!! Mas é bom agendar, que essa casa aqui tá sempre bombando!!! beijo
gi,
se vc viesse surfar no meu sofá eu também não te deixava sair nunca mais =)
QUÉ ARTIGO TAN SIMPÁTICO!!!!!!!!