Brasileiros em Baires (2)

Negrinhos do Maria Antonieta Dulces

Chocolate, manteiga e leite condensado. Essa é a receita básica do brigadeiro, tradicional doce brasileiro que agora está chegando de mansinho a Buenos Aires.

O brigadeiro, no entanto, é muito mais.

É uma guloseima que tem, antes de tudo, um enorme valor afetivo e uma carga bem grande de memória infantil. Pode ser incluído no conceito moderno de “confort food”.

Foi a primeira coisa que aprendi a fazer na cozinha (no Rio Grande do Sul a gente chama carinhosamente de negrinho) e que até hoje gosto de comer, ainda quente, na panela!

As corajosas que se atreveram a divulgar o brigadeiro na terra do doce de leite são a curitibana Leilane Buschmann e a paulista Daniela Saad, que moram há anos na capital argentina. As duas são chiquérrimas… e por isso mesmo os brigadeiros delas também são!

O que vendem aqui é uma versão gourmet do negrinho que a gente faz em casa. A diferença está no chocolate que é misturado ao leite condensado e no granulado – os dois são belgas.

Elas me esperaram numa tarde fria de inverno com uma mesa cheia de docinhos (desespero: descobri que um brigadeiro tem 150 calorias!!!). Leilane contou que a idéia de criar o Maria Antonieta Dulces surgiu quando leu uma matéria sobre a doceira Juliana Motter, mais conhecida como Maria Brigadeiro, que revolucionou a história desse doce no Brasil dando a ele uma roupagem de luxo e mais de 40 versões. Bingo!

Hoje elas fazem cerca de mil brigadeiros por mês, desde o tradicional, até combinações mais ousadas, como docinho de menta, limão e pistacho. Vendem os doces por cento (250 pesos), em caixas para presente (valor depende do tamanho) ou em um kit num frasquinho para comer com colher (62 pesos).

Diz a lenda que o docinho ganhou esse nome durante a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes para a presidência da República em 1945, quando as senhoras do comitê eleitoral do político faziam o doce e o distribuíam nos comícios e reuniões junto com o bordão de campanha: vote no Brigadeiro, ele é bonito e é solteiro… Na época, não se passavam as bolinhas em confeito, eram apenas enroladas e servidas. O brigadeiro não ganhou a eleição, mas o docinho entrou para a história.

O nome da marca veio da paixão de Maria Antonieta pelos doces. A meta da dupla agora é abrir uma loja em Palermo, o que parece que será realizado em breve.

Para encomendar: Maria Antonia Dulces, é só clicar AQUI. 

3 Comments

  • Liliana disse:

    ¡¡¡¡¡Brigadeiros en Buenos Aires!!!!! ¡Gracias por la noticia! ¡Qué recuerdos de cumpleaños en Brasil, cuánta “saudade”! (Debería comprarme unos, hoy es mi cumple…). ¡Felicitaciones a las reposteras por la buena idea! Un poco caros para mi bolsillo pero un buen dato para recomendar.

  • martha disse:

    QUÉ GRACIOSO EL ORIGEN DEL NOMBRE DE ESE DULCE!MERECE SER COMIDO!!! COSA QUE HARÉ EN CUANTO TENGA UNO A MANO.

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