Chocolate, manteiga e leite condensado. Essa é a receita básica do brigadeiro, tradicional doce brasileiro que agora está chegando de mansinho a Buenos Aires.
O brigadeiro, no entanto, é muito mais.
É uma guloseima que tem, antes de tudo, um enorme valor afetivo e uma carga bem grande de memória infantil. Pode ser incluído no conceito moderno de “confort food”.
Foi a primeira coisa que aprendi a fazer na cozinha (no Rio Grande do Sul a gente chama carinhosamente de negrinho) e que até hoje gosto de comer, ainda quente, na panela!
As corajosas que se atreveram a divulgar o brigadeiro na terra do doce de leite são a curitibana Leilane Buschmann e a paulista Daniela Saad, que moram há anos na capital argentina. As duas são chiquérrimas… e por isso mesmo os brigadeiros delas também são!
O que vendem aqui é uma versão gourmet do negrinho que a gente faz em casa. A diferença está no chocolate que é misturado ao leite condensado e no granulado – os dois são belgas.
Elas me esperaram numa tarde fria de inverno com uma mesa cheia de docinhos (desespero: descobri que um brigadeiro tem 150 calorias!!!). Leilane contou que a idéia de criar o Maria Antonieta Dulces surgiu quando leu uma matéria sobre a doceira Juliana Motter, mais conhecida como Maria Brigadeiro, que revolucionou a história desse doce no Brasil dando a ele uma roupagem de luxo e mais de 40 versões. Bingo!
Hoje elas fazem cerca de mil brigadeiros por mês, desde o tradicional, até combinações mais ousadas, como docinho de menta, limão e pistacho. Vendem os doces por cento (250 pesos), em caixas para presente (valor depende do tamanho) ou em um kit num frasquinho para comer com colher (62 pesos).
Diz a lenda que o docinho ganhou esse nome durante a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes para a presidência da República em 1945, quando as senhoras do comitê eleitoral do político faziam o doce e o distribuíam nos comícios e reuniões junto com o bordão de campanha: vote no Brigadeiro, ele é bonito e é solteiro… Na época, não se passavam as bolinhas em confeito, eram apenas enroladas e servidas. O brigadeiro não ganhou a eleição, mas o docinho entrou para a história.
O nome da marca veio da paixão de Maria Antonieta pelos doces. A meta da dupla agora é abrir uma loja em Palermo, o que parece que será realizado em breve.
Para encomendar: Maria Antonia Dulces, é só clicar AQUI.
¡¡¡¡¡Brigadeiros en Buenos Aires!!!!! ¡Gracias por la noticia! ¡Qué recuerdos de cumpleaños en Brasil, cuánta “saudade”! (Debería comprarme unos, hoy es mi cumple…). ¡Felicitaciones a las reposteras por la buena idea! Un poco caros para mi bolsillo pero un buen dato para recomendar.
Liliana, la verdad es que un brigadero sale lo mismo que una trufa en Vuelta, por ejemplo! No es caro…
QUÉ GRACIOSO EL ORIGEN DEL NOMBRE DE ESE DULCE!MERECE SER COMIDO!!! COSA QUE HARÉ EN CUANTO TENGA UNO A MANO.