O diário de uma busca e o mega julgamento da Esma

Celso com a filha (foto de divulgação)

Celso Afonso Gay de Castro morreu aos 41 anos, em Porto Alegre. Exilado pela ditadura militar brasileira, ele percorreu Argentina, Venezuela, Chile e França, sempre carregando consigo sua família. Sua repentina morte jogou por terra o ideal político existente.

Segundo a versão da polícia, Celso e um amigo, Nelson Heredia, invadiram o apartamento de um ex-cônsul do Paraguai, o alemão Rudolf Goldbeck, e teriam se suicidado quando o imóvel foi cercado pelos policiais, em outubro de 1984. Nunca se soube com certeza o que Celso e o amigo foram fazer no apartamento, cujo dono, posteriormente, foi alvo de suspeitas de um passado nazista, nunca devidamente aclaradas.

A história dessa morte misteriosa, bem como a infância no exílio durante ditadura militar, é contada pela filha dele, a diretora Flavia Castro, no documentário “Diário de Uma Busca”, exibido esta semana no DocLisboa, em Portugal.

O filme foi eleito melhor documentário no Festival de Biarritz, melhor filmeem Punta Del Este e também premiado em Gramado e no Rio.

Como não sei se vai passar no circuito comercial, o divulgo para fiquemos todos antenados.
Há um bela entrevista sobre  o filme AQUI. 

Publico esta nota, coincidentemente, num dia muito importante para a Argentina. Hoje, no final da tarde, será anunciada a sentença de uma mega causa imputada por 86 vítimas contra 18 repressores que atuaram, durante a ditadura militar, na Escola de Mecânica da Armada, mais conhecida como ESMA.

Entre eles, Alfredo Astiz, Jorge “El Tigre” Acosta, Ricardo Miguel Cavallo e outros 15 repressores que receberão condenação pela primeira vez.

O tema será abordado no próximo Cartas de Buenos Aires, no Noblat. Enquanto isso, fiquem com o trailer do filme.

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