Mítico Club Atlanta

Leio no blog Maldito Tango, da Marina Gambier, que com a reabertura do Mítico Club Atlanta também retornará ao salão uma figurinha carimbada dos velhos tempos: o guarda-pistas.

A missão desta pessoa é retirar do recinto todos os bailarinos que não estiverem respeitando as regras mínimas de convivência de um baile social. Quer dizer, todos os “sem noção”.  Que não são poucos.

Em tempos de tango novo e egos velhos, o que não faltam nas milongas são casais querendo realizar, num ambiente apertadinho, o “super twist carpado dos voleos”, levando adiante quem estiver pela frente. Para quem gosta de bailar “al piso”, como se diz por aqui, sem muitos floreios altos, dá sempre um pavor quando a gente vê um salto agulha descontrolado vindo em nossa direção.

Pois agora nossos problemas acabaram! Quem não respeitar os outros bailarinos leva cartão amarelo!

Na verdade, na verdade, as regrinhas que estão acima bem poderiam ser resumidas em um conceito: bom senso.

El Club Atlanta, que está ressuscitando o guarda-pistas, também renasce depois de décadas de inatividade. O lugar foi um dos mais importantes dos anos 1940e 1950. Por lá passaram as grandes orquestras de Di Sarli, Rodolfo Biaggi, Joaquín Do Reyes, Miguel Caló, Juan D’Arienzo, Alfredo De Angelis e Osvaldo Pugliese.

Hoje à noite será realizada uma prática, relembrando as seqüências de grandes milongueiros, e domingo a primeira a primeira Matiné do Atlanta, das 16h às 20h30. A casa fica em Humboldt 390, em Villa Crespo, vizinho do Querido.

3 Comments

  • Sidnei lemos disse:

    OLá Gisele
    Parabéns por seus comentários.
    Desde sua observação sobre a morte das duas irmãs, passei a ler todos os seus comentários.
    Todos os seus “posts” são de notória sensibilidade e inteligência.
    É bom saber que ainda existem pessoas que se expressam de modo tão humano e original.
    Valeu.
    Sidnei

    • Gisele Teixeira disse:

      Oi Sidnei, tudo bem?
      Adoro quando no meio do dia, do nada, vem um comentário assim…todo gentil. Obrigada, de coração. Desde que cheguei a Buenos Aires, há três anos, não escrevo para jornais. Tarefa que cumpri durante 20 anos, todos os dias. Foi muito estranho no início… As colunas no Noblat e os posts no blog são minha válvula de escape, um espacinho que encontrei para que a minha jornalista não morra de vez. Que alguém leia os meus textos, me deixa super orgulhosa. Que alguém os leia e ainda goste deles, me estimula para seguir adiante. Valeu você!
      Gisele

  • martha disse:

    AUNQUE NO BAILO TANGO PORQUÉ NO SÉ, SIEMPRE ME GUSTÓ MUCHO. ME GUSTA VER BAILAR AL PISO.. ME PARECE MUY ELEGANTE..

    ME HACE GRACIA LO DE NO LLEVAR A LA MUJER, COMO UN ARIETE,
    SACUDIÉNDOLA COMO A UNA MUÑECA.DE TRAPO!! JA,JA!
    ELEGANCIA,SEÑORES, ELEGANCIA POR FAVOR.!

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