Tina Modotti, dica para o fim de semana em Buenos Aires

Mostra reúne fotos da fase Revolucionária….

…mas também da Romântica.

Buenos Aires tem, até o dia 7 de julho, a chance de ver a exposição Tina Modotti: Fotógrafa e Revolucionária, que reúne 100 fotos do período mexicano desta que foi uma das mais reconhecidas profissionais do século XX. As obras estao no Centro Cultural Borges, nas Galerias Pacífico.

Um pouco sobre ela, para quem não a conhece:

Tina Modotti nasceu em Udine/Itália em 1896. Aos 16 anos mudo-se para Califórnia para morar com seu pai e foi onde começou sua carreira como atriz e modelo fotográfico, sendo neste segundo ofício,  que  acabou por conhecer o fotógrafo Edward Weston, seu tutor na fotografia e posteriormente marido.

A grande “virada” na vida de Tina acontece quando se muda ao México em 1923, e conhece pessoas ligadas ao movimento comunista como Frida Kahlo, Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros. Naquele momento, o movimento artístico e político faziam parte do mesmo contexto e desde então, é possível ver como  os ideais esquerdistas influenciaram no trabalho de Tina ao longo de sua carreira.

Em1927, afotógrafa se filia ao Partido Comunista e em 1929, organiza uma exposição que ficou conhecida como “ A primeira exposição fotográfica revolucionária do México”. Em 1930 é deportada para Alemanha acusada de conspirar contra o presidente mexicano e em seguida, se estabelece em Moscou.

Motivada por interesses políticos uma vez mais, se muda para a Espanha onde fica até 1939, mesmo ano em que regressa ao México oculta sob um pseudônimo. Morre em 1942 vítima de uma parada cardíaca.

Sua obra

O fotógrafo mexicanoManuel AlvarezBravo dividiu a carreira de Modotti em duas distintas categorias: “Romântica” e “Revolucionária”, sendo que o primeiro período incluía o tempo despendido como assistente de quarto escuro, gerente, e finalmente, como parceira criativa.

Seu vocabulário visual amadureceu durante este período, com seus experimentos com arquitetura de interiores, flores e paisagens urbanas, e especialmente com suas muitas imagens líricas de camponeses e trabalhadores. Na fase revolucionária alcança seu maior reconhecimento como fotógrafa. Foi neste período que suas fotografias começaram a ser publicadas nos veículos “Mexican Folkways”, “Forma”, “El Machete”, “Arbeiter-Illustrierte-Zeitung (AIZ)” e “New Masses”.


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