A revelação da literatura iraniana, aqui em casa!

Primeiros passos!

Nossos hóspedes não param de render boas histórias!

Vejam só que coisa bacana: em 2012 a gente alugou o apartamento de Palermo para um casal super jovem. Ele se chama Massimo Leone, é italiano, filósofo, semiólogo. Ela é novelista, iraniana, e tem nome difícil de pronunciar, Sahar Delijani.

Na época, Sahar me contou que havia nascido em Teerã (depois vim a saber que foi na prisão de Evin), mas migrado pequena, com os pais, para os Estados Unidos, onde estudou literatura na Universidade da Califórnia (Berkeley). Atualmente vive em Turim, na Itália.

Como bons anfitriões, os levamos para dançar tango em Parque Patrícios. Conversa vai, conversa vem, falamos sobre sua primeira novela que, acabo de descobrir, foi lançada recentemente na Argentina e já está na segunda edição.

Chama-se A la Sombra del árbol Violeta e foi editada pela Salamandra. No Brasil, os direitos foram comprados pela Editora Globo. Aliás, a obra foi adquirida por 14 editoras em todo mundo (informação de 2012) e foi  foi arrematado na Inglaterra por uma cifra de seis dígitos. 

O livro narra uma história multi-geracional e é composto de sete narrativas diferentes ligadas por um evento: a prisão e execução de ativistas políticos no verão de 1988 no Irã. Como pano de fundo, toda a transição entre o regime do Xá, sua queda via revolta popular e gradual transformação em ditadura islâmica, a guerra Irã-Iraque, até chegar à chamada primavera árabe.

A obra está baseada em fatos reais e em relatos feitos a ela pelos pais, que foram presos pelo regime. “É a minha história e ao mesmo tempo a história de um povo”.  Sahar Delijani é considerada a revelação da literatura iraniana. Comecei meu livro ontem e não paro de ler!

Deixo com vocês as matérias que saíram sobre o livro  no The Guardian, da Inglaterra, no  La Stampa, da Itália, no EL País, da Espanha.

LEIA AQUI as primeiras páginas do livro.

 

 

 

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