Transexuais são protagonistas da nova minissérie argentina

Enquanto no Brasil a gente discute as cabras…

 

 

 

Vejam só que iniciativa ousada da TV Pública Argentina: ontem estreou a primeira minissérie que trata da temática LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

 “A Viúva de Rafael – que vai ao ar de terça a quinta, às 22h, pelo Canal 7 – se centra na história de Nina, uma transexual que, depois da morte do companheiro, deverá lutar contra diversos obstáculos legais, contra a família do morto e contra os costumes sociais, não somente para fazer valer seus direitos de viúva mas também para ser reconhecida como tal.

Estréia foi ato político na TV Pública

 

Esta ficção coloca o mundo transexual no primeiro time da TV e também dá os papéis principais para artistas da comunidade LGBT, como o caso das principais amigas de Nina.

A história começa com a morte de Rafael Jiménez (Luis Machín) e seu velório. Ele era dono de uma bem sucedida empresa familiar e vivia com Nina ( Camila Sosa Villada) há 20 anos. Com sua morte, a mãe (interpretada por Rita Cortese , que faz a vilã) vai brigar para que Nina não fique com nada da herança. Mas graças ao casamento igualitário ela vai conseguir manter seus direitos.

 

O primeiro capítulo (de uma série de treze) teve como referencia o cinema de Pedro Almodóvar. Desde a temática, com tons que vão do melodrama ao cômico, até o uso de boleros e um timing efervescente de atuação, mas com um contexto plenamente argentino e em meio a debates sobre a inclusão de atores homossexuais.

“É uma história linda, que nos permite entender porque é tão importante uma lei como a do matrimonio igualitário”, explicou a diretora geral do projeto, Melina Petriella.

Poucos dias depois da marcha do orgulho gay e a um ano do casamento igualitário, a estréia foi também um ato políticos. Grande parte da comunidade gay lotou os estúdios do Canal 7.

Argentina foi o primeiro país da América Latina a permitir casamentos entre pessoas do mesmo sexo. A lei foi aprovada dia 15 de julho de 2010 e vale para todo o território do país. Até agora, mais de 1300 casais oficializaram sua união. Eles também podem adotar filhos legalmente, registrá-los e gozar de todos os direitos dos casais heterossexuais.

Este ano, outra conquista: a presidente Cristina Kirchner sancionou a lei de identidade de gênero, que permite a qualquer cidadão argentino registrar-se em seu documento de acordo com o sexo pelo qual se reconhece e com o nome social no lugar de seu nome de nascença.

 

 

 

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