Museu Xul Solar

“Previsiblemente las utopías de Xul Solar fracasaron. Pero el fracaso es nuestro, no es suyo. No hemos sabido merecerlo.” Jorge Luis Borges

Alguns o comparam com Paul Klee

 

A versão argentina de Google homenageia hoje o pintor, escultor, escritor, inventor e visionário Oscar Agustín Alejandro Schulz Solari (Sagitário, ascendente em Peixes). Mais conhecido com Xul Solar, tem seu 125º aniversário de nascimento lembrado nesta data.

Aproveito a oportunidade para deixar a dica de um lugar pouco explorado pelos turistas que visitam a cidade: o museu que leva o nome do artista, uma casa deslumbrante no coração de Palermo (Laprida 1212).

Aos que não o conhecem, um aviso: é quase impossível “explicá-lo”, principalmente em poucas linhas. Farei mera tentativa. Jorge Luis Borges o chamava de “nosso William Blake”, dono da “melhor biblioteca do mundo”, para vocês terem uma idéia!

Projeto arquitetônico super arrojado

Xul Solar foi um expoente na pintura latino-americana. Bebeu em diferentes fontes – cubismo, futurismo, fauvismo, expressionismo e surrealismo – o que não ajuda em nada uma tentativa de “classificá-lo”.

Seu estilo é definido com certa freqüência como surrealista, ou fantástico, e até rupestre. Meio Paul Klee.

Além de amigo de Borges e de Leopoldo Marechal, foi um dos fundadores da revista Martín Fierro, nos anos 20.

E era especialista em muitas coisas, de teologia e astrologia a línguas estrangeiras (dominava 20 idiomas), a ponto de criar duas delas: o “neo-criollo”, que misturava o espanhol, o português, o inglês, francês, grego e sânscrito, e a “pan-língua”, que tem bases na matemática, na astrologia, artes visuais e música.

O pseudônimo de Xul Solar resulta da fonética dos seus dois últimos sobrenomes (Schultz Solari) e, escrito ao contrário, forma Luz Solar.

A chamada “Fundación Pan Klub – Museo Xul Solar” foi criada por Micaela (Lita) Cadenas, mulher do artista, e por Natalio Povarché, seu marchand, seguindo os planos originais de Xul, tal como ele havia imagina o “Pan Club”, na década de 30. Inaugurado em 1993, reúne obras selecionadas por Xul Solar, além de objetos pessoais, esculturas, documentos e uma biblioteca de 3.500 volumes.

O prédio em si já é um atrativo.

A intervenção  feita pelo arquiteto Pablo T. Bietiá foi feita em concreto aparente (se diferenciando do existente), com paineis dividindo os ambientes, seguindo as composições geométricas das pinturas do artista.

A obra foi semifinalista do premio Mies van der Rohe em 1998 e, em 2003, recebeu o Premio Década 2003 da Universidade de Palermo e Fundaçao Oscar Tusquets de Barcelona.

Deixo vocês com Borges falando sobre Xul.

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