Rio de Janeiro: Favela Tour no Santa Marta

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Parada no bar do João, antes do ínício da subida

Um dos pontos altos dos meus dias no Rio de Janeiro foi a visita guiada no Morro Santa Marta, mais conhecido como Favela Tour.

Meu sobrinho Ian e eu fomos guiados pela moradora Salete Martins, que nos deu uma aula de carioquice e de redução de preconceitos.

Super recomendo a todos.

A única coisa que não é permitido é fotografar as pessoas em primeiro plano. E a gente cumpriu as regras.

A comunidade é famosa por ter sido palco do clipe They Don’t Care About Us de Michael Jackson, em 1996. Na ocasião, a equipe de filmagem do videoclipe teve que pedir autorização para o chefe local do tráfico de drogas, Márcio Amaro de Oliveira.

Quase dez anos depois, Márcio ajudou a escrever o livro Abusado – o Dono do Morro Dona Marta, de Caco Barcellos, onde conta um pouco da história da Santa Marta. Hoje bem diferente.

Vista de dentro do bondinho

Vista de dentro do bondinho

A visita custa 40 reais, preço meio salgado mas por uma boa causa, e começa com uma subida no bondinho até o alto do morro, junto com a galera da comunidade.

Cabem apenas 25 pessoas no chamado plano inclinado, inaugurado em 2008 e  que liga as partes alta e baixa da favela. Esta espécie de bondinho sobe de maneira absolutamente íngreme até o ponto mais alto do morro – o quinto andar.

Lá do alto, a vista do Rio de Janeiro inteiro. E isso que estava nublado.

Depois, a gente começa a descer a pé. Nessa descida, a Salete – que mora no Santa Marta há 35 anos – nos contou que o morro tem 6 mil moradores e está pacificado há dois anos. São três bases de UPP e 112 homens no total monitorando o espaço.

As nuvens deram uma folga para a gente ver o Cristo

As nuvens deram uma folga para a gente ver o Cristo

A Lagoa ao fundo

A Lagoa ao fundo

As visitas guiadas começaram também há uns dois anos. São dez guias, que falam várias línguas, até japonês. Uma das principais paradas do trajeto é a praça onde Michael Jackson gravou um clipe. Tem uma estátua para ele e um painel do Romero Brito.

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Neverland

 

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Já no finalzinho da tarde…o Maiquel.

Mas as coisas mais bacanas que eu vi no morro não tiveram nada a ver com celebridades. Foram os meninos do jiu-jitsu (que posaram para o Aquí me Quedo), a galera jogando futebol, a horta dentro de computadores velhos, a Toinha, que organiza o forró todo sábado com música ao vivo e a própria Salete, que é de uma generosidade que não se encontra mais.

Gracias a todos que nos receberam com tanto amor no Dona Marta. Que sejam felizes e sigam em paz!

Com Salete, nossa guia, que mora há 35 anos no Dona Marta

Com Salete, nossa guia, que mora há 35 anos na comunidade

A Toinha, que organiza um famoso forró no sábado e nos convidou para um café. Gracias!

A Toinha, que organiza um famoso forró no sábado e nos convidou para um café. Gracias!

Escolinha de futebol com vista privilegiada

Escolinha de futebol com vista privilegiada

Meninos do jiu-jitsu posando para o Aquí me Quedo

Meninos do jiu-jitsu posando para o Aquí me Quedo

Hortinha dentro de velhos computadores

Hortinha dentro de velhos computadores

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