Botero em Buenos Aires

Foto http://noticias.lainformacion.com/
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Obras são da coleção pessoal do artista

O Museu Nacional de Belas Artes inaugurou esta semana a exposição Botero, desenhos e tela e papel, uma coleção de 50 trabalhos de Fernando Botero (Medellín, 1932) realizados entre os anos de 1973 e 2011.

É a terceira exposição do mexicano no MNBA, mas a primeira somente com desenhos.

“É muito importante porque são obras que Fernando (Botero) selecionou uma a uma. Não se vendem, são suas e agora temos a possibilidade de mostrá-las na Argentina”, disse Teresa de Anchorena, a comissária da exposição, à imprensa.

As técnicas utilizadas por Botero nestas obras onde aparecem os seus tão característicos “gordos” são diversas: vão desde a aguarela, o lápis, a tinta e o carvão sobre papel, passando por inovar com uma pouco utilizada, a sanguína (óxido férrico) sobre tela, considerada por muitos artistas e críticos como exigente e de grande destreza para desenvolvê-la.

Os traços claros e contundentes que mostram a voluptuosidade, uma característica tão particular de Fernando Botero, contrastam com o manejo que o artista faz das cores e da luz, já que as suas obras parecem pensadas para que o espectador se sinta cómodo e em calma, ainda com aquelas imagens que falam da violência.

Um dos destaques da exposição é “Pedrito”, de 1981, onde Botero, com aguarela, desenha o seu filho Pedro, que faleceu aos quatro anos de idade, em 1974, num acidente de automóvel, e desde então o artista dedicou grande parte do seu tempo a retratar o seu filho mediante diversas técnicas.

Artistas, música e viagens cruzam-se no capítulo “Vida latino-americana”, que dá conta de distintas cenas que, em seus recorridos pela América Latina, Botero considera significativas para contar e que, por sua vez, decide modelar já seja em um lenço ou uma tela, para deter no tempo e compartilhar com todo aquele que tenha a oportunidade de se aproximar a sua obra. (com informações da agencia EFE).

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Adriana Lestido

FOTOGRAFIA – Aproveitem para ver a exposição da fotógrafa Adriana Lestido. Adriana é uma fotógrafa super reconhecida e a primeira argentina a receber a prestigiada beca Guggenheim. A mostra vai reunir trabalhos de diferentes épocas, com obras produzidas entre 1979 e 2007.

Entre as séries que serão exibidas estão Hospital infanto-juvenil (1986-1988), Madres adolescentes (1988-1990), Mujeres presas (1991-1993), Madres e hijas (1995-1998), El amor (1992-2005) e Villa Gesell (2005).

A mostra tem curadoria de Gabriel Díaz e Juan Travnik

 

 

 

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