Vino para robar, filme argentino de Ariel Winograd, é uma das sensações dos cinemas de Buenos Aires nos últimos dias.
Vi o trailer e fiquei com vontade de assisti-lo.
Não é cinema tipo cult europeu, é divertido, para rir. E explora um gênero bem pouco comum por aqui: a comédia policial.
A sinopse é igual a milhares de filmes americanos que a gente já viu. Só que é argentino, e por isso mais inverossímil e engraçado.
É o seguinte: Sebastián (Daniel Hendler, que eu adoro!!) e Natália (Valeria Bertuccelli) são dois ladrões profissionais que se conhecem numa situação inusitada, quando ambos estão tentando roubar uma importante peça de arte num museu.
Rivais declarados a partir deste momento, logo em seguida eles terão de trabalhar juntos (claro!), desta vez numa ação um pouco mais complexa: roubar uma valiosa e única garrafa de Malbec de Burdeos de meados do século XIX, catalogada como um dos melhores vinhos do mundo.
A garrafa está secretamente guardada na cúpula de um banco, em Mendoza. Entre vinhedos e montanhas, num ambiente de glamour, os dois terão de encarar essa missão, só que nem tudo sai como o planejado. Há cenas também em Buenos Aires e na Itália.
Mais sobre o filme AQUI.
Não é de hoje que essa dobradinha vinho e cinema faz sucesso!
Abaixo, alguns filmes bacanas sobre os dois temas, seleção do blog Gourmetidos.
Sideways: Talvez o filme mais lembrado quando o assunto é vinho Sideways conta a história de dois amigos, um deles em sua despedida de solteiro, que fazem uma viagem pelas vinícolas californianas. Foi este filme que ajudou a Pinot Noir a se transformar numa das estrelas dos EUA.
Mondovino: O documentário, uma produção conjunta deArgentina, França, Itália e EUA e dirigido por Jonathan Nossiter, faz uma investigação sobre a globalização, tendo o vinho como plano de fundo. Narra a “guerra” entre as famílias produtoras de vinhos, especialmente na Califórnia e Borgonha. Foi exibido em Cannes, indicado à Palma de Ouro, e indicado ao Cesar na categoria filme europeu.
Um Bom Ano: No longa, estrelado por Russel Crowe, o protagonista se vê obrigado a voltar para a França após a morte de seu tio, que não tinha herdeiros. Na tentativa de vender os vinhedos do tio e voltar aos EUA, Max vai, aos poucos, redescobrindo os valores da vida.
Vicky Cristina Barcelona: Apenas por ser um filme de Woody Allen já merece um lugar na lista. Nele, o vinho poderia ser indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante, pois está presente, como acompanhante, do trio estrelado por Javier Barden, Scarlet Johanson e Penélope Cruz, em suas peripécias pela cidade espanhola.
O Julgamento de Paris: A degustação mais famosa do mundo moderno foi reproduzida por Randall Miller no filme homônimo, que narra a história do dia 24 de maio de 1976, quando, numa degustação às cegas, os vinhos californianos foram mais bem avaliados que os franceses. Épico.