Terra do Fogo, Ushuaia: as dicas práticas do Aquí me Quedo (2)

Antes de viajar para o Ushuaia , é preciso ter em conta três coisas:

1. É caro. Os gastos principais são com alimentação e com passeios (380 pesos por pessoa o tour pelo canal de Beagle e cerca de 500 pesos para visitar os pinguins, para você ter uma ideia).

2. É frio! A gente foi na primavera e pegou 2 graus. No inverno pode chegar a -10 graus. Some a estas temperaturas um vento constante e dá para imaginar o que se sente.

3. É lindo!

 

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Faro do Fim do Mundo: precaução marinheros!

 

COMO CHEGAR: A gente foi de avião até Rio Grande e de lá tomou uma van (3 horas de viagem) até Ushuaia. Isso porque o Edu tinha que trabalhar em Rio Grande. O ideal é ir direto. Todas as informações estão no site Descubra Patagônia. 

QUANTO TEMPO: Ficamos dois dias, mas recomendo pelo menos quatro para fazer tudo com calma.

COMO VESTIR-SE: Aconselho levar roupas do tipo camiseta polar, manta, luva, gorro, um bom casaco de frio e sapato impermeável para as caminhadas.  Mesmo que esteja sol lá fora, nada de ilusões. Leve o casaco SEMPRE.

 

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O melhor do hotel: a vista!

ONDE HOSPEDAR-SE:  A cidade é cheia de pousadas, chalés, pequenos e grandes hotéis.  A gente pode ficar no centro ou em bairros mais afastados.

A vantagem do centro é estar perto dos restaurantes, poder passear a pé a qualquer hora e não precisar tomar táxi. Os mais afastados têm melhor infra-estrutura e podem até ser mais baratos.

Ficamos no Hotel Las Lengas, no Centro, que tem uma vista espetacular para a baía, e fica em frente ao canal de Beagle.

As partes sociais são bárbaras, como a área de leitura e o restaurante, mas os quartos são muito menores do que aparecem nas fotos. Os banheiros também – pequeníssimos e com quinas assassinas!

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Las Lengas, interessante também por fora.

Para mim o pior problema foi o café da manhã não estar incluído na diária. Achei meio nada a ver e me neguei a pagar 100 pesos por pessoa para incluir o “desayuno”.

Para um despertar alternativo, sugiro o Almacén de Ramos Generales (abaixo), onde comemos, os dois, por 60 pesos. E ainda com trilha sonora com um tanguito de leve!

Tive boas referências também do Antarctica Hostel. O Viaje na Viagem publicou uma série de relatos de leitores sobre os hotéis de Ushuaia. 

 

PARA COMER – Há quatro coisas para provar se você vai a esta região: o cordeiro fueguino; uma espécie de caranguejo gigante (centolla), que é oferecido vivo nas vitrines; a cerveja Beagle e ainda uma frutinha chamada El Calafate, que pode ser encontrada durante os trekkings, dependendo da época do ano, ou em forma de geléia e doces nas lojas da cidade. A maioria dos restaurantes está na rua principal, a San Martin. Mas na avenida Maipú há vários lugares especializados em mariscos. 

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Não encaramos!

 

Um lugar bacana para comer: ALMACÉN DE RAMOS GENERALES 

 

Este armazém foi fundado em 1917 e foi um lugar super importante para o comércio da cidade – fornecia de tudo, de roupa a bebidas.

Atualmente é considerado patrimônio histórico de Ushuaia. Todo de madeira, foi reformado em 2005 e exibe parte do mobiliário original.

A cozinha é tocada por um chefe francês que faz delícias. Altamente recomendado. Eu tomei um café super simples, mas com pão quentinho, manteiga e geléia caseira. Mas está aberto para almoço e jantar.

Outra sugestão para comer é o Bodegón Fueguino, que a gente não conseguiu ir por falta de tempo, mas que tem excelente referências.

Comemos uma cazuela de carneiro muito boa num pub chamado Bar Ideal, mas as críticas desse lugar no Trip Advisor são tão horríveis que fiquei com medo de indicar. A gente tava “só love, só love” então achamos tudo lindo.

 

O QUE FAZER NO CENTRO: 

1. Calçadão e placas – Sugiro começar o reconhecimento da cidade caminhando pelo calçadão em frente ao porto, de onde saem todos os barcos de passeios,  e onde está a famosa placa do fim do mundo. Atravessando a rua há um centro de informações turísticas.

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Infidelidades: o Edu se apaixonou por uma montanha e eu pelas mulheres Yámanas

2. Museu Yámana – Não tivemos tempo de conhecer este museu, que parece ser pequeno mas muito interessante. Mostra a cultura da comunidade yámana, suas práticas, sua vinculação com a natureza e sua desaparição. Por meio de maquetes, representam distintas cenas da vida desta população nativa que habitou Tierra del Fuego durante 6 mil anos e desapareceu 30 anos depois que os homens brancos chegaram a essas terras. Igual, os povos da região vão receber post especial no Aquí me Quedo semana que vem.

3. Museu del Fin del Mundo – O Museu do fim do Mundo é um velho edifício que preserva uma grande parte da história da província de Tierra del Fuego. A história, antropologia, a natureza e as raízes sulinas deste lugar se reúnem na exposição e dão lugar ao turista que deseja conhecer mais sobre as etnias e os viajantes que exploraram estas terras. Gostei.

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Foto do site http://www.descubrepatagonia.com/

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Foto que estava no Museu do Fim do Mundo.

4. Museu do Presídio e Museu Maritimo – Com exceção feita às atrações naturais, esse é provavelmente o passeio mais curioso de Ushuaia. Localizado no antigo edifício do temido presídio de Ushuaia, o museu proporciona ao visitante a experiência de visitar celas e corredores por onde circularam os detentos mais perigosos da época e que começaram a chegar ao local a partir de 1896.

Um dos pontos altos do passeio é a visita a uma ala que se encontra tal como foi deixada quando foi fechada em 1947.O Museu Marítimo encontra-se no mesmo local e abriga uma coleção de objetos marítimos, como maquetes navais e cartas de navegação que recontam a história da colonização da região, bem como aspectos gerais da fauna local. Em 1997, o edifício, construído pelos próprios detentos, foi declarado Monumento Nacional.

5. Compras: As lojas se concentram na San Martin e transversais. Bom para comprar roupa de inverno nas lojas especializadas em esportes de neve e aventura, além de chocolates. Incrivelmente, voltei sem nada. Só fotos e lembranças.

6. Guia de Viagem: O site Viaje Sim tem um bom guia do Ushuia, que pode ser baixado de graça. 

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