Terra do Fogo: Rio Grande e os cães que lutaram nas Malvinas (4)

museu6

Heróis!

Vocês sabiam que 18 cães também lutaram na Guerra das Malvinas?

Eles foram utilizados para proteção de postos de comando, centrais de comunicação e depósito.

E, mais importante: eram um alarme eficaz e seguro contra os bombardeios aéreos. Por causa da audição aguçada, avisavam os soldados da aproximação dos inimigos muito antes dos ataques.

Essas são algumas das informações interessantes que encontrei no Museu de Veteranos de Guerra, em Rio Grande, Tierra del Fuego.

Segundo os registros, os animais “entraram na guerra” no dia 7 de abril de 1982.

E, no último dia de combate, três soldados – com  tres cães de guerras – foram mandados para a linha de frente. Carlos del Negro com Ñaro, Raul Andicochea com Negro, e Carlos Silva com Xuavia.

Dois dos animais (os machos) foram mortos em combate entre os dias 13 e 14 de junho do mesmo ano e seus corpos nunca foram encontrados.

A única fêmea – Xuavia – estava prenha quando partiu para as Malvinas e depois de enfrentar um bombardeio britânico, sobreviveu e voltou com as tropas a Puerto Argentino. De forma repentina, saiu correndo na mesma noite, na escuridão.

Várias horas depois foi encontrada dando calor a um soldado em uma gruta. Ele foi levado para o hospital e sobreviveu. Se não tivesse feito isso, o homem não estaria hoje com vida.

Depois do conflito, ela voltou à base e deu a luz a nove cachorros.

De todos os cachorros de guerra do Exército Argentino que foram para a guerra, o que viveu mais tempo foi Vogel, um pastor alemão. Depois do fim da guerra, ele participava de todas as cerimônias, “com capa e condecoração”.

museu5

Merecida homenagem a Vogel

Morreu em 1991 e foi enterrado na Agrupação de Cães de Guerra. Sua tumba tem vista para o mar.

Há mais informações sobre eles nesta página de facebook. 

O museu é pequeno, mas tem várias coisas interessantes, como objetos e roupas usadas em combate.

Além – obviamente -de ser dirigido por ex-combatentes, o que nos dá a chance de ouvir relatos em em fonte original.

Museu: O’Higgins 321, teléfono (02964) 423788. Horario de Atención: Lunes a Viernes de 9:00 a 16:00 hs.

museu4

O museu é pequeno, mas cumpre seu papel: não esquecer.

 

 

5 Comments

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *