Pequeno e eficiente: Museu da Imigração

Buenos Aires tem vários museus pequenos e injustamente pouco explorados e conhecidos. O Museu da Imigração é um deles.

 

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Fotos Gisele Teixeira

 

Museu da Imigração fica no bairro do Retiro, pertinho do prédio da Dirección Nacional de Migraciones, órgão do Ministério do Interior argentino que cuida dos trâmites dos migrantes que buscam regularizar a situação no país.

O prédio funciona em uma das primeiras construções de concreto armado da Argentina, sede do Hotel dos Imigrantes entre 1880 e 1953, aonde chegavam todos os que buscavam nova vida no continente americano. Eles podiam ficar neste lugar por cinco dias.

Para vocês terem uma ideia, em 1868, Buenos Aires tinha 12.000 portenhos e 48.000 estrangeiros. Em 1914, 119 mil portenhos e 404.000 imigrantes.

Museu da Imigração

Alojamento original

Museu da Imigração

A réplica

Museu da Imigração

Restaurante Masculino

 

O prédio tem seis andares, sendo que o museu ocupa apenas o último. O espaço já existia desde 1997, mas foi fechado em 2010 para reformas e reabriu as portas em 2014. Algumas pessoas dizem que antes o museu era muito melhor e mais interessante, porque o público tinha acesso ao mobiliário original – hoje há somente réplicas. Não posso dizer nada, porque só conheço o novo, que está sendo administrado pela Universidad Tres de Febrero (Untref). A instituição ficou encarregada de cuidar das instalações pelos próximos dez anos. Além de restaurar e conservar o espaço, estão previstos para o futuro a instalação de uma livraria e um café.

Ao chegar ao Museu da Imigração, a primeira surpresa: se você tem algum imigrante na família, já na entrada você informa o seu sobrenome e a equipe busca no computador a data e o barco em que ele chegou.

Embora o Museu seja pequeno, é bom reservar um tempo para explorá-lo com calma. Há fotografias, cartas, diários de desembarque e livros de registro dos migrantes, roupas e utensílios que usavam, e reproduções das instalações que ocupavam, como os quartos.

O melhor é começar pela linha do tempo existente logo no começo da exposição, que resume a trajetória das migrações no país ao lado de dados relevantes na história argentina e mundial. E depois escutar os relatos do fluxo atual de imigrantes, da China, por exemplo, e, mais recentemente, de diversos países da África.

 SERVIÇO:

Museu da Imigração – Avenida Antártida Argentina, 1350. Funciona de terça a domingo, das 12h às 20h (segundas e feriados não abre). Entrada gratuita.

 

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