1.000 quilômetros de Nordeste: Salvador, onde comer

É muito difícil sintetizar a gastronomia baiana em um post! Há miles de opções, já que as comidinhas são um forte, não somente de Salvador, mas de todo o Nordeste.

Optei por deixar seis dicas de gastronômicas, para diferentes bolsos, testadas e aprovadas nesta viagem: acarajé na rua, o pé sujo Sorriso Maria (bem limpinho), o café do Museu de Arte Moderna, o restaurante do Senac Pelourinho, o boteco São Jorge e o sofisticado Casa de Teresa.

Quem tiver mais sugestões, é só deixar nos comentários.

ACARAJÉ O acarajé uma das especialidades gastronômicas mais famosas da culinária afro-brasileira, feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frito em azeite de dendê. O acarajé pode ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá e caruru (todos estes, também pratos típicos da cozinha da Bahia). O Edu testou quase todos que existem na cidade. O melhor para ele é o da baiana do Terreiro de Jesus, mas discutir sobre este tema não tem sentido. É como escolher o melhor alfajor. O acarajé custa R$ 6,00 com camarão ou R$ 5,00 sem.

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Edu em seu teste diário de acarajés

SORRISO MARIA – Este é um pé-sujo que fica em diagonal ao Teatro Castro Alves. Arroz, feijão, salada e peixinho frito por R$ 8,50.  Sucão de maracujá a R$ 5,00. Televisão ligada no jornal, todo mundo conversando. Aí senti que realmente tinha chegado no Brasil.

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Comidinha caseira por R$ 8,50!

RESTAURANTE ESCOLA DO SENACEste restaurante, Centro Histórico de Salvador, é um achado para quem quer descobrir os melhores pratos da culinária baiana. Fica num casarão colonial, bem no Largo do Pelourinho, e oferece um self-service de 40 pratos típicos (metade sem dendê) e 12 sobremesas diferentes. Só para vocês terem uma ideia, tem 13 tipos de moqueca! De arraia, de siri catado, de sururu, de ostra, de bacalhau, de lula…e por aí vai. Funciona de segunda a domingo para almoço, das 11h30 às 15h30 e custa R$ 44,00.

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O que tem no prato, arrancando pelo Efó (verde), em sentido horário: moqueca de camarão, caruru, moqueca de polvo, vatapá, abará, farofa, moqueca de carangueijo.

Na foto abaixo, meu papo o garçom Lucas Cruz Dias, que nos atendeu e que faz o curso de garçons. Ele tem 15 anos e me contou que o curso dura quatro meses, com aulas todos os dias, das 8h às 16h. 

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Direto para o mercado de trabalho

 

O restaurante fica junto ao Museu da Gastronomia Baiana – MGBA, o primeiro do gênero na América Latina. O museu já é um espetáculo só por sua arquitetura. Ao entrar, há um circuito que começa nas Muralhas de Santa Catarina, o mais antigo e importante marco arqueológico de Salvador, que estão destacadas com projeto luminotécnico e painel apresentando as referências iconográficas e textuais. Seguido pela exposição permanente, vêem-se grandes painéis assinados por fotógrafos renomados que abordam temas culturais diversos, como as comidas sagradas do candoblé.

Além da exposição permanente, o MGBA possui ainda instalações específicas sobre o acarajé e a mandioca e vitrines rotativas, alternadas periodicamente, com homenagens a personalidades que ajudaram a construir a história da gastronomia baiana.

SOLAR CAFÉ –  Neste lugar a gente provou uma coisa que tava morrendo de saudades brigadeiro de colher! Pelo que vi no cardápio, as comidas são ótimas e os preços intermediários. Confiram as atrações do MAM em post no decorrer da semana que vem.

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Caí de boca!

 

BOTEQUIM SÃO JORGE – Este botequim não é um restaurante específico de comida baiana, e sim um bar estilo carioca, mas serve uma moquequinha de peixe dos deuses, por R$ 21,00. Fica no Rio Vermelho e foi eleita pela Veja como a casa que tem a melhor feijoada de Salvador.

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Excelente custo x benefício

CASA DE TEREZA Para o dia de rainha. É uma dos restaurantes mais lindos que vi em Salvador. Rústico e sofisticado ao mesmo tempo. Meio carote, mas com opções “econômicas” para o nível do lugar, como a moqueca de camarão (R$ 90 para duas pessoas). É o restaurante número 1 de Salvador no Trip Advisor e a chefe Tereza Paim eleita a chefe do ano pela VEJA SALVADOR. “Comer & Beber”. O restaurante funciona num casarão do bairro de Rio Vermelho e tem um piso inteiro (o superior) dedicado a Iemanjá. No subsolo, uma simpática vendinha batizada com os nomes do pai e do avô da chef, Samuel e Totó, onde você pode comprar desde peças de cerâmica e objetos como colares, patuás e banhos até cachaças, beijus, cafés e outras delícias.

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Rústico e sofisticado ao mesmo tempo

 

 

 

 

 

 

6 Comments

  • Antonio Claudio Soares Bonsegno disse:

    Colega Gisele, acho melhor convencer o seu marido e voltar para o Brasil e de vez em quando rever Buenos Aires… rs… estou vendo sua alegria em colocar os pés em solo brasileiro… rs. Abraço deste velho colega que também é fã de Buenos Aires e está triste de vêr a situação lamentável em que se encontra a Argentina.

    • Eduardo Baró disse:

      Así está bien! dos o tres veces por año venimos a Brasil, matamos las saudades, nos bronceamos, y bailamos y compramos música, pagamos todo carísimo y despues volvemos a Argentina: buena vida, buen vino y buena carne.! somos de los dos lados, eso es lo bueno.!

  • Lucio disse:

    Que surpresa! Uma gaúcha que não reclama do coentro!
    Abraços e curtam o Nordeste!!!

  • Marilia disse:

    Gisela, ainda está em Salvador? Moro aqui e conheci seu blog hoje! Preciso falar com você sobre Marrocos!

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