‘Bandoneonazo’ em homenagem a Aníbal Troilo dia 7 de julho

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Foto histórica: Troilo, Piazzolla, Zita (mulher de Troilo) e Horacio Ferrer.

 

Imaginem mais de 100 bandoneons reunidos, e sendo tocados ao mesmo tempo, em um dos pontos turísticos mais famosos de Buenos Aires!

Pois é isso mesmo que vai acontecer dia 7 de JULHO, bem em frente ao Obelisco, em homenagem ao  centenário de ANÍBAL TROILO. 

Será às 12h, na Pasaje Piazzolla, (Diagonal Norte, entre Libertad e Cerrito, Buenos Aires). Anotem na agenda porque será emocionante.

A organização do evento está convocando todos os bandoneonistas que quiserem, para participar da festa. A ideia é fazer uma fotos histórica neste ano cheio de celebrações em honra ao “bandoneón maior de Buenos Aires”.

Centenário Aníbal Troilo

Enquanto isso, 100 bandoneonistas, em 100 cidades do mundo, pegaram seu instrumento e o levaram para o lugar mais emblemático (ou querido) de onde moram.

E lá tocaram o tango “Quejas de Bandoneón”, de Aníbal Troilo, com um arranjo especial para solo feito pelo maestro Raul Garello.

As interpretações foram filmadas e serão exibidas todas juntas, pela primeira vez, tambpem dia 7 de julho, no Obelisco. Depois, poderão ser vistas em um canal especial de You Tube.

A iniciativa é apenas uma das 250 que vão acontecer este ano em homenagem ao centenário de Aníbal Troilo, o Pichuco (negrinho, do diminutivo do guarani Pichú).

Entre elas está também o concurso da Legislatura portenha, cujas bases estão AQUI. 

Quem não conhece nada de Troilo, pode também comprar os discos da coleção “PICHUCO 100 años Aníbal Troilo”, do Clarín Colecciones.  A primeira entrega foi semana passada e se chama “Ese Muchacho Troilo”…

Quem foi Aníbal Troilo

Anibal Troilo

Para os argentinos, as apresentações são dispensáveis. Para os brasileiros, é importante saber que Aníbal Troilo é tão grande como Carlos Gardel ou Astor Piazzolla. Tanto que é chamado de “o bandoneón maior de Buenos Aires” e a data de seu nascimento, 11 de julho, decretado o Dia do Bandoneón.

Este espaço é pequeno para falar do tanto que ele foi. Um músico que fez seu primeiro espetáculo aos 11 anos, que aos 14 já havia formado um quinteto e que daí para frente formou orquestras e tocou com os melhores músicos de sua época.

Deixou mais de 70 composições memoráveis, como “Sur”, sua obra prima, “Barrio de tango”, “Pa’ que bailen los muchachos”, “Garúa”, “María”, “Romance de barrio”, “Che, bandoneón”, “Discepolín” e “La última curda”.

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Com a esposa Zita, em Mar del Plata. Foto Centenário Aníbal Troilo

Uma das mais famosas é RESPONSO, dedicada ao amigo e poeta Homero Manzi, com quem compôs alguns de seus melhores tangos. Faleceu em 18 de maio de 1975.

Mas uma das minhas interpretações favoritas dele é neste duo dele com Piazzolla (abaixo), mortal.

Músico de enorme popularidade, Aníbal Troilo não foi um renovador ou um vanguardista como Piazzolla, mas conseguiu forjar uma relação única, profunda e afetuosa com o público. O segredo talvez seja sua muito pessoal forma de execução do bandoneón. Como sabia todas as partituras de memória, não precisava de leitura. Ele fechava os olhos e era como se dormisse sobre o bandoneón. De arrepiar.

Para quem quer saber um pouco mais sobre Troilo, indico um pequeno livro, mas muito bem feito, chamado Tango de Colección Vol 9, editado por Clarín, que pode ser comprado em qualquer livraria da calle Corrientes.

 

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