A Garopaba do Daniel Galera e a do Edu

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Capa da edição em espanhol

Quando encontrei a edição em espanhol do livro “Barba Ensopada de Sangue” não tive dúvidas: era o presente de Natal sob medida para o Edu.

A obra de Daniel Galera é um policial que se passa em Garopaba, onde estamos passando as festas, e me pareceu um trunfo para que o Edu conhecesse um pouco a região, não se entediasse com o encontro familiar e tivesse algo para fazer caso chovesse – o que de fato aconteceu diariamente desde que chegamos.

O que eu não imaginava é que o Edu fosse devorar as 403 páginas do livro em dois dias e ficasse “obcecado” por encontrar os lugares por onde teria passado o protagonista.

“Aqui “ele” ficou hospedado. Na GeloMel ele levava a mãe, quando ela o visitava”. “Acho que essa era a musa dele”.

Assim que ontem saímos para fazer um safári fotográfico pela praia, livro em punho, catando imagens e lendo fragmentos pela rua. O resultado está abaixo.

Antes, a sinopse:

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Romance que se passa em Garopaba ganhou o prêmio São Paulo de Literatura

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Ponto de partida: a pracinha central

Neste quarto romance de Daniel Galera, um professor de educação física busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai.

O protagonista (cujo nome não conhecemos) se afasta da relação conturbada com os outros membros da família e mergulha em um isolamento geográfico e psicológico. Ao mesmo tempo, empreende a busca pela verdade no caso da morte do avô, o misterioso Gaudério, que teria sido assassinado décadas antes na mesma Garopaba, na época apenas uma vila de pescadores.

Sempre acompanhado por Beta, cadela do falecido pai, o professor esquadrinha as lacunas do pouco que lhe é revelado, a contragosto, pelos moradores mais antigos da cidade.

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Estaciona el auto en el garaje del hotel Garopaba y paga treinta reales de más para que hagan la vista gorda con el perro“. Pág. 41

Será esta a casa do protagonista

Será este o caminho para a casa que o protagonista aluga por um ano?

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“Termina de correr frente a los cobertizos de pesca y desde ahí puede ver la parte delantera el departamento de la señora Cecina, con su fachada color crema y las dos ventanas con persianas marrones”. Pág 58

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“Se queda un rato mirando las persianas cerradas y después se sienta en uno de los últimos escalones de la pequeña escalera...” Pág. 58

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El cementerio del pueblo está situado en un terreno cuadrado entre dos casas de verano, al fondo, una chacra abandonada (…) y más atrás el morro de la Silvera“. Pág. 67

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“(Las tumbas) parecen haberse reacomodado a lo largo de los años para que pudiesen descansar más cadáveres hasta que todo hueco útil haya sido aprovechado y solo queden agujeros y surcos como los de un rompecabezas mal fabricado” Pág. 67

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“Después de orinar y echarse agua fría en la cara, abre as persianas húmedas por el aire del mar y se encuentra con un barco anclado justo en frente del departamento. Hay pescadores diseminados por las piedras o sentados en la vereda de losas de arenisca”. Pág. 60

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Es casi de noche cuando sale del agua. Se siente aliviado , todavía un poco aturdido por el esfuerzo y rumiando todo lo que pensó mientras nadaba. Decide vender el auto”. Pág. 68

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“Dicen que habrá tedio y tristeza con la calma y que el frío y la soledad resucitarán todos los fantasmas estacionales conocidos y despertarán también algunos desconocidos, pero hablan de eso como si todavía no les tocara y hubiese tiempo de sobra para prepararse”. Pág. 12

6 Comments

  • Ariane disse:

    Gisele,
    Eu adoro as suas postagens, dicas, ideias e levezas.
    Daniel Galera escreveu “Cordilheira”, livro que resultou do programa Amores Expressos em que autores precisavam escrever romances ambientados em cidades do mundo. Assim que soube que iria passar um tempo estudando em Buenos Aires, devoreiiii Cordilheira, pois o cenário escolhido para Daniel foi a Argentina.
    Eu e o Edu viajando – duas vezes – nas histórias do Daniel.
    Um beijo e Feliz Ano Novo

    • Gisele Teixeira disse:

      Ariane, eu ando atras deste livro, mas acho que está esgotado. Em POA vou buscá-lo outra vez. Um beijo grande e obrigado pela leitura do blog. Um lindo 2015!

  • Nine Copetti disse:

    Demais, Gi! Essa é a melhor versão de uma boa leitura! Adorei a ideia de percorrer os lugares citados na obra e ligar trechos com as fotos! Merecia um trabalho mais aprofundado essa “técnica de leitura” e quiçá uma bela exposição fotoliteraria, heim?!
    Diz pro Edu que curti muito!

    Besos
    Nine

  • tuliobraganca disse:

    Gisele, o Galera é amigaço de de um grande amigo meu com quem dividi ap por 2 anos em Buenos Aires. Justo nessa época ele veio para escrever Cordilheira, se der dá uma lida! Ele colocou vários personagens comuns para a gente na época de 2007 no livro. Tem o Bar do Gallego de Palermo, o garçom da Ugis e até outras lendas. Besos

  • Ariane disse:

    Gisele eu li uma versão no mundo virtual mesmo, pois não conseguia encontrar.
    Mas depois acabei cruzando com ele no site Estante Virtual, quem sabe tú encontra por lá.
    Beijos

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