Junho é mês de homenagear Carlos Gardel, especialmente no dia 24, quando há um “peregrinação” até o túmulo do cantor, no cemitério de Chacarita, em Buenos Aires. Se você estiver pela cidade nesta data, coloque este programa na agenda!
Músicos, bailarinos e fãs se reúnem junto ao túmulo e Gardel – onde há uma estátua dele em tamanho natural – e passam o dia lembrando suas canções mais famosas. “El día que me quieras”, “Volver”, “Bandoneón arrabalero”, “Por una cabeza”. Todo mundo se emociona, conta histórias, dança, se abraça. Um acontecimento. Às 15h10, hora da morte do cantor, há um minuto de silencio.
Reabre o Museu Carlos Gardel
Para quem não sabe, Carlos Gardel foi músico, compositor, intérprete e ator. Deixou 11 filmes e mais de 800 discos gravados. Sua voz é considerada Memória do Mundo, desde 2003, pela UNESCO.
O cantor morreu em 1935, em um acidente de avião. Voava de Medellín para Bogotá, na Colômbia, onde cantaria naquela mesma noite do dia 24 de junho. Quando recebeu a autorização para decolar, as asas do avião em que estava se chocaram com outra aeronave, resultando numa violenta explosão e um incêndio, que deixou dez mortos. No mesmo voo, o brasileiro Alfredo Le Pera, parceiro de Gardel e autor dos tangos mais clássicos do artista, como Volver.
Cemitério da Chacarita: onde estao os tangueiros famosos
A morte do cantor foi uma comoção em Buenos Aires, especialmente porque o cantor estava no auge da carreira.
O caixão com o corpo do artista só saiu de Medellín no dia 17 de dezembro de 1935. Carlos Gardel foi levado ao Panamá e, de lá, para Nova Iorque, onde chegou dia 6 de janeiro de 1936 e foi velado durante uma semana. Depois, escalas no Rio de Janeiro e Montevidéu, antes de desembarcar na Argentina.
Foi somente em 5 de fevereiro que os portenhos velaram os restos de Gardel, no Luna Park. O cortejo atravessou Corrientes, até Chacarita, arrastando uma multidão (imagens de época no video abaixo).