Pela primeira vez pude ver um espetáculo no Teatro Colón em um de seus melhores lugares. Confira porque é bacana ficar longe do Paraíso.
O Teatro Colón tem um setor chamado “Paraíso”, que não leva este nome por ser maravilhoso, e sim por estar mais perto do teto – e, consequentemente, mais longe do palco. É um lugar bem pouco nobre, mas pelo menos super barato. Foi daí que escutei (mas quase não vi nada) o concerto do pianista brasileiro, Nelson Freire, assim como outros. Pior que este setor, só o “Paraíso em Pé” – isso mesmo, sem cadeiras.
Sempre fiquei nos piores lugares do Colón, por uma razão: em geral os ingressos são vendidos pelo sistema de “abonos”, uma especie de pacote para vários espetáculos – ou seja, são comercializados antecipadamente para habituês, que adquirem toda a temporada de ópera ou balet de uma só vez. E isso não me interessa.
O Teatro Colón reserva também uma quantidade de entradas para serem vendidas separadamente (bem disputadas) e outras de distribuição gratuita. E é preciso ficar atento para os horários de distribuição para conseguir bons lugares. Como eu não fico, quase sempre vejo os espetáculo da área “chinelagem”, e nem passo pela porta principal – entro sempre pela lateral.
Por outro lado, o lugar mais nobre do Teatro Colón é o Palco Baixo Central, bem em frente ao palco, cujo preço das entradas para a temporada completa de ópera superam os 138 mil pesos – algo como 36 mil reais.
Importante: “Palco” é o que os brasileiros chamam de camarote.
Entre uma área e outra, há muitas possibilidades, como vocês podem ver no mapa abaixo.
Pela primeira vez, na área VIP
Em segundo lugar no ranking de “melhor lugar” está o Palco Baixo Lateral – onde, a convite de uma grande amiga, pude ver recentemente o balet Romeu e Julieta, na despedida dos palcos da super bailarina Paloma Herrera.
Entrar pela porta da frente “es otra cosa“. Especialmente porque a gente transita pelas salas mais lindas e, claro, vê tudo de um ângulo privilegiado.
Nesta ocasião, vimos também uma exposição de roupas usadas por Paloma Herrera durante toda sua carreira. Depois, nos dirigimos ao nosso palco – um espaço para seis pessoas. Se você comprar aí, o ideal é chegar cedo porque não há cadeiras numeradas e as melhores são as bem da frente obviamente. Os camarotes possuem uma ante-sala para a gente deixar os casacos e bolsas.
Como o balé tem dois atos, há um intervalo no meio, momento em que a gente pode ir ao café do primeiro andar e dar de cara com as pessoas que realmente vestem suas melhores roupas para ir ao teatro – homens de terno, mulheres na “estica”. Dica: dá para reservar mesa! É o momento de abrir o bolso e tomar uma “copita de chanpán“.
Como comprar entradas
O site do Teatro Colon foi recentemente reformulado e está mais fácil entender os espetáculos que estão em cartaz e adquirir entradas online. Clique neste link para ver o que está disponível no momento. E a programação completa de 2016, AQUI.
O Teatro Colón é considerado um dos melhores do mundo e completou 100 anos em 2008. Levou 20 anos para ser terminado! O edifício tem um estilo eclético e 58 mil metros quadrados de área. A cúpula central tem pinturas de Raúl Soldi, de 1966. O palco é gigante (32,3 metros de largura por 34,5 de profundidade e 48 metros de altura), com fosso para 120 músicos.
Entres os artistas que já atuaram no Teatro Colón estão Richard Strauss e Igor Stravinsky, os os tenores Enrico Caruso, Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti, e os bailarinos Rudolf Nureyev, Mijail Barishnikov e Antonio Gades – além das principais sinfônicas do mundo.
Acompanhe as fotos do Teatro Colón no Instagram, bem bacanas.
Gostaria de saber se os assentos são todos sentados e qual indicação de roupa usar.