Traslasierra: roteiro de três dias em Córdoba

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Traslasierra: roteiro de três dias pelas serras de Córdoba

 Onde fica

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Córdoba é a parte marrom do mapa, bem no centro

A província de Córdoba fica no coração da Argentina e é uma das mais lindas do país – famosa por seus cerros e águas transparentes.

A parte conhecida como “Traslasierra”  está localizada aos pés das Altas Cumbres de Córdoba, sendo que a principal cidade da região é Mina Clavero. Tem toda a onda da Chapada dos Veadeiros, no Brasil.  Uma paisagem que combina rios, vegetação nativa, cachoeiras, piscinas naturais e pequenos cânions.

Mina também é ponto de partida para os povoados da região, como Nono, Los Hornillos, Villa Las Rosas e Cura Brochero. Recomendo que se alugue um carro para explorar melhor os arredores.

Como chegar

AviãoPara quem nunca foi à região, uma das possibilidades é tomar um avião até Córdoba, capital da província, para conhecer a cidade. Depois seguir para Mina Clavero (150km).

Carro – Aqui, um roteiro bem explicadinho de como chegar a Córdoba, que fica a 722 km de Buenos Aires.

Ônibus – A gente foi de ônibus, via Expreso del Oeste, diretamente para Mina Clavero. São 12 horas de viagem, mas as poltronas são bem confortáveis e a gente nem vê o tempo passar. Na ida, o ônibus sai às 21h e na volta às 19h. O executivo custa 630 pesos.

Chegando lá, alugamos um carro por apenas um dia, na única locadora da cidade, a Cescato, por 500 pesos a diária (novembro de 2014).

Traslassiera  – Onde se hospedar

Pela segunda vez fiquei no Balcón del Rio, uma espécie de cinco estrelas de Mina Clavero.  O hotel tem excelente infra e a melhor vista do rio Los Sauces, além de uma piscina linda, claro. Outra vantagem são as bicicletas grátis para os hóspedes. A diária custa 560 pesos para duas pessoas, mas sempre tem promoção.  Para quem vai em família, eles têm a opção de cabanas, com dois quartos, sala e churrasqueira privada.

A região tem excelente oferta hoteleira, para todos os bolsos. Informações e reservas neste link.  

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Visú do hotel no final da tarde. Foto: Gisele Teixeira

Traslasierra: 1º dia – Mina Clavero

traslasierra_nido de aguila. Foto Gisele Teixeira

Meu preferido: Nido del Aguila. Foto Gisele Teixeira

 

A cidade de Mina Clavero em si não é muito linda, mas o fato de ser cortada por dois rios faz com que haja um montão de lugares com água por perto. Neste primeiro dia, aproveitei para mostrar para a Gabriela Grosskopf, minha companheira nesta viagem, uma das minhas paixões na cidade, o Nido del Águila.

 

Neste lugar, o rio Mina Clavero fica emparedado entre duas muralhas (de até 8 metros de altura) modeladas pela erosão do ar e da água, formando uma piscina natural que em alguns lugares supera os 3 metros de profundidade. Fica a 1,5km da cidade e tem entrada gratuita. Há uma base com um barzinho, com bebidas e sanduíches naturais, mas que abre somente em alta temporada. Antes de dezembro está fechado!

Fora de estação, levar água e lanchinho!

Outro lugar para ver, pertinho da cidade, são os Elefantes umas formações rochosas impressionantes. Para chegar lá é só pegar o caminho para Cura Brochero. Nem preciso dizer que em alta estação é muvuca… As fotos abaixo são de divulgação.

 

MASSAGEM: A gente terminou o dia com massagem no hotel, feita por um dos melhores profissionais que conheci na Argentina, o Cristian de Antoni. Ele vai aonde você tiver. Contato: 011 15 55 06  4909. Super, super, super recomendo.

 

 

Traslasierra: 2º dia – Nono – Villa las Rosas

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A gente fez o pedacinho de Mina Clavero a Rosas

Este foi nosso dia mais “intenso”.

Cliquem no mapa ao lado para acompanhar nosso trajeto, de Mina Clavero a Rosas (não dá 100 km ida e volta, tudo é muito pertinho).

Pegamos o carro cedo e fomos direto a Nono para conhecer o Museu Polifacético Rocsen – um lugar absolutamente curioso e de difícil classificação. Vai ganhar um post exclusivo no blog.

É uma espécie de “arca de noé de coisas”, um museu que reproduz o “mundo” em seus diferentes aspectos.

São 47 mil objetos espalhados por 2.350m2.

Nessa mescla, há de tudo!

A começar pela fachada, que exibe 49 estátuas que representam a evolução do pensamento humano.

Do lado de dentro, copos de cristal do século XV, um cavalo tibetano de barro de 1000 anos, o primeiro livro de bolso (feito em Veneza, em 1546), múmias, crânios, coleções de borboletas.

 

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Santiago e suas 49 estátuas que representam o pensamento da Humanidade. Foto Gisele Teixeira

 

O dono e fundador do Museu Rocsen, é Juan Santiago Bouchon, um francês que chegou ao país em 1950 e se estabeleceu em Córdoba em 1959. O museu foi criado em 1969 e esta aberto os 365 dias do ano.

Mais não vou contar para o post seguinte não perder a graça!

Espiem as fotos.

 

Do Museu, a gente foi direto para o balneário Paso de las Tropas, a 2km dali, também em Nono – nome que provém de ñuño, vocábulo quechua que significa “seios de mujer”. Dois lindos cerros que se levantam altivos e elegantes às margens do Rio Chico inspiraram o nome da cidade e zelam pela pureza das águas.

 

Gabi, minha musa e parceria de aventuras nesta viagem

Gabi, minha musa e parceria de aventuras nesta viagem

 

Apetite a mil, fomos urgente pra  Villa las Rosas, onde no sábado rola uma super feira gastronômica. 

Shwarma de ternera, raw food, mapioca (tapioca de milho), sushi veg, astro jugos.

Rosas reúne a galera hippie e mais alternativa da região, além de gente de outras parte do mundo que passaram por lá em férias e nunca mais voltaram, apaixonados pelo lugar. E não é para menos. Villa las Rosas é uma cidadezinha de montanha, ao pé do Cerro Champaquí, cheia de balneários.

Tudo é “podicrê”. A começar pela marca de alfajores: Duende!

 

À tarde, mais uma paradinha para banho, no Dique la Viña, um enorme espelho de água onde a comunidade pratica atividades esportivas, como vela. No anzol, o peixe mais famoso da região: o pejerrey. 

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Tá bom assim? Foto: Gabriela Grosskopf

 

Traslasierra: 3º dia – Mina Clavero

A gente aproveitou o último dia para comer o mais famoso peixe da região no restaurante do Hotel Coronado, uma delícia. Outros bons lugares para comer são: Belgrano 1340, Mi Lugar e Mamita (mais simples e com porções gigantes).

Depois, como estávamos sem carro, ficamos aproveitando o rio que passa na parte de trás do hotel. É só descer umas escadinhas e dar no paraíso!

 

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Região perfeita para comer Pejerrey e Trutas

 

Esse rio lindo passa nos fundos do hotel! Demais.

Esse rio lindo passa nos fundos do hotel! Demais.

Tchau, Córdoba!

 

Tchau, Córdoba!

 

 

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