Axelle Poisson, de Paris, França

Como serão os corpos bailando em 2050? Esta é a pergunta de um grupo de franceses e argentinos que faz um remake muito pessoal de O Baile. A videasta Axelle Poisson ficou aqui em casa e adianta tudo para a gente

el baile

Texto de Eduardo Baró

Cada tanto alugamos nosso o quarto de hóspedes aqui em casa, para gente que está de passagem por Buenos Aires.

Sempre com sorte: no espaço tranquilo do café da manhã, as histórias vão surgindo. Como dizia Caetano, de perto ninguém é normal. Desta vez hospedamos Axelle Poisson, realizadora cinematográfica, videomaker,  fotógrafa.

Vejam que bacana: ela está fazendo um vídeo sobre o filme O Baile, uma recriação coreográfica de Mathilde Monnier,  inspirada no Le Bal, que foi não somente um filme de Ettore Scolla, de 1983, mas também uma criação do Theatre du Campagnol de Paris.

Neste momento, uma equipe argentina- francesa está dando (nova) forma a esta história.

Vai ser remake, localizado temporalmente entre 1970 e 2050, que reproduzirá a conhecida história da passagem do tempo por um salão de baile. Axelle nos conta que desta vez veio a Buenos Aires para filmar o casting dos 12 (sortudos) bailarinos e atores que integrarão a companhia.

Do lado local, o escritor Alan Pauls faz o roteiro, acompanhado por uma equipe de luxo que inclui, por exemplo, o musicólogo Sergio Pujol na seleção musical. E, claro, bailarinos selecionados a dedo por Buenos Aires. Também estão na equipe Nicolas Roux, diretor adjunto no famoso teatro Le Quai  de Angers e Veronique Timsit , dramaturga. A estreia será em 2017.

A forma absolutamente pessoal de filmar de Axelle garante que o vídeo será uma obra de arte  autônoma e, ao mesmo tempo, uma versão nova de uma velha história. Com tanto trabalho ela passou voando pela cidade, mas teve tempo de deixar uma recomendação aos leitores de Aquí me Quedo. Recomenda el Café Muller, Club de Danza.

Conversamos sobre nossas famílias, repartidas entre dois continentes (ela também tem parentes aqui na Argentina) e suas sensação de que Buenos Aires era uma espécie de Paris paralela, de sonhos.

Por enquanto, fique com a versão original.

 

Vem ficar com a gente também!

aqui em casa axelle poison

Axelle, na nossa biblioteca tangueira

Os protagonistas destes dias de convivência discreta Aquí em Casa podiam ser personagens de um livro. Ao menos dão uma lista fascinante de personalidades, uma coleção de histórias e circunstâncias:

a novelista iraniana, linda e elegante;

o filósofo italiano, tangueando pelos parques;

o “trotamundos” coreano, encantador e com pouca bagagem;

o aposentado holandês amante de aventuras futebolísticas;

a tangueira brasileira, escrevendo com o coração;

a apaixonada austríaca  que deixou tudo por um portenho;

o engenheiro de petróleo carioca, explorador incansável de Buenos Aires;

Esta vez foi o turno da artista francesa.

Vem ficar com a gente você também.

Clique AQUI e saiba como é o nosso cantinho.

2 Comments

  • Izaak vaidergorn disse:

    Sou arquiteto, professor da Puc,Unicamp e um portenho adicto. Desde os 14 anos(agora estou com 68) tenho ido redescobrir os segredos. Trabalhei e viajei por mais de 60 países. Agora, em função de uma artrose no joelho não consigo caminhar mais de 3 km.Um dia descobri o vosso site e sinto que estão no mesmo diapasão.Continuem trazendo surpresas!!!

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