We are Tango rola em um bar escondidinho de Almagro e é o show mais íntimo que vi até agora em Buenos Aires. Os bailarinos ficam colados na gente e o cantor é o excelente Alejandro Gujot. Baita pedida.
Essa distância entre espectador e bailarino que você vê na foto acima vale para todas as mesas e creio que este é um dos pontos fortes deste show de tango – a proximidade. É como se a gente fosse visitar um amigo e pudesse ver um show de na sala de casa. Esta é a proposta do We are Tango e o que o faz diferente dos outros shows de tango convencionais. Super interessante.
O nome é em inglês porque foi pensado para os turistas estrangeiros, que em geral ficam perdidos com as explicações em espanhol. Mas creio que isso depende do público. Se a maioria for de argentino, “sale con fritas en español”! A performance rola em um lugar chamado La Hormiga Del Oro, mescla de bar e centro cultural, onde um dia foi o Almagro Tango Club.
A gente foi recebido com um drinque de “bienvenida“, com duas opções: um coquetel feito com laranja e Hesperidina ou o velho e bom Fernet com Coca. Estas são duas das bebidas mais clássicas da Argentina. Se der, provem ambas! O nosso bartender e host da noite, o Clemente, é super solícito e pode explicar como surgiram estas bebidas e em que contexto se tomavam anteriormente e nos dias atuais.
Eu sempre levo uma garrafa de Hesperidina de presente para amigos quando vou ao Brasil. É linda, gostosa e não é cara. Diferente. Fica a dica.
Depois dos drinques, passamos para a “sala”, um espaço com capacidade máxima de 20 pessoas, pensado para valorizar a intimidade. Importante: todas as mesas dão diretamente ao palco.
O espetáculo tem uma banda excelente, chamada La Usina Trio. Na verdade não é um trio, e sim um quarteto, se a gente incluir Alejandro Gujot, letrista e cantor de primeiríssima linha, à frente também da 34 Puñaladas.
Gente, é quase um show privado. Um luxo.
Durante todo o espetáculo, o o Clemente, nosso anfitrião, entra e sai de cena, explicando os inícios do tango, a importância de Carlos Gardel e Astor Piazzolla, assim como a chegada do ‘bandoneón’ no tango e seus vizinhos – a valsa e a milonga. Os bailarinos, excelentes, também entram e saem, traduzindo em dança as informações que a gente recebe de Clemente e dos músicos. É somente um casal de bailarinos, mas é suficiente.
Você pode optar por acompanhar o espetáculo com uma picada argentina (tábua de frios) + empanadas + vinho à vontade. Pode parecer pouco, mas não é. Eu não consegui provar a sobremesa, os alfajores caseiros.
No final do espetáculo, ainda tem uma mini aula de tango. O Edu entrou na onda!
É um programa diferente, especialmente se você tem um visitante em casa que quer tango mas não aquele show clássico. A gente adorou e recomenda. Ah, outro ponto importante: o show começa cedo, às 20h!
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Gisele Teixeira, tudo bem? Acompanho teu Blog há algum tempo e simplesmente adoro. Sou, assim como você, um apaixonado pela Argentina, logo não poderia deixar de amar o tango, a culinária e as noites argentinas, e o teu Blog me deixa como se aí estivesse. Muitíssimo obrigado por isso: excelente trabalho, singular maneira de escrever e sem dizer apaixonante forma de expor tudo, é uma viagem toda vez que paro para a incrível viagem ao mundo argentino com tuas palavras e fotos.
Uma coisa que me adorei explorar e conhecer na Argentina foram as casas de chás, não me recordo de ter lido algo no teu Blog (e perdoe caso não tenha visto), são uma boa pedida.
A cultura, a culinária, o tango, os vinhos (que são os que mais gosto), os chás, as pessoas e vida norturna, são incríveis!
Mais uma vez, muitíssimo obrigado e posso dizer com a devida venha que amo o que escreve, portanto, você! Abs,
oi Jônatas, na verdade eu nunca fiz matéria sobre as casas de chá. Me sugere algumas? Quais vc gostou mais? Me conta! Gracias pela tua leitura e comentários. Um beijo grande.