La Chicana: La Pampa Grande faz a ponte BUE-POA

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La Pampa Grande, disco do La Chicana feito em parceria com músicos do Rio Grande do Sul, começa a ser apresentado este mês no Torquato Tasso. ♥

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O Centro de Porto Alegre, na “mirada” do La Chicana. Fonte: Facebook do grupo

“Que la música de este disco – hecha con amigos, libre y libertaria- sea nuestro testimonio y nuestra bandera de resistencia frente a las tremendas injusticias que está viviendo La Pampa Grande”.

O Aquí me Quedo cantou a pedra faz tempo, mas só agora a gente tem o prazer de ouvir o La Pampa Grande, disco mais recente do La Chicana, que tem várias versões de músicas brasileiras e foi feito em parceria com artistas gaúchos. O amor é antigo. O grupo,  liderado por Dolores Solá (vocal) e Acho Estol (violão e direção), já esteve 12 vezes no Brasil, a maioria delas com passagem pelo Sul.

“A gente foi a Porto Alegre pela primeira vez há muitos anos, e foi quando conhecemos toda essa turma – o Bebeto, o Hique, o Toninho Villerroy”, conta Dolores Solá. “Uma surpresa descobrir o audaz trabalho que vinham fazendo, a liberdade que tinham de brincar com a milonga, o que aqui em Buenos Aires não existia.  Brincar com as raízes, mesclar tudo com o rock, e abordar o folclore a partir da nossa geração e com todas as influências musicais que tínhamos tido. Foi um encontro que nos alegrou muito. Ou seja, tivemos que ir a Brasil para encontrar músicos que estavam na mesma busca que a gente, uma relação que só ficou mais forte com o passar dos anos”.

O resultado tá neste disco que tem um ti-ma-ço: Vitor Ramil, Arthur de Faria, Antonio Villeroy, Bebeto Alves, Luiz Carlos Borges, Hique Gomez e Giovanni Berti.

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A obra é financiada pela Secretaria de Cultura de Canoas e foi apresentada em primeira mão no Festival de Jazz da cidade, em 2015. Algumas faixas já estão no You Tube, entre elas uma releitura de Dois mil e um (Dos mil uno), dos Mutantes. O grupo já tinha gravado Balada do Louco em Revolución o Picnic.

Este é o sétimo disco do La Chicana e entre os temas brasileiros, cantados em espanhol, estão: La guitarra en la grupa (Mauro Moraes), Noche de San Juan (Vitor Ramil e Fernando Pessoa), Romería (Renato Teixeira), Valsa para uma menininha (Vinicius de Moraes y Toquinho) e Jatotá (Siba).

De Acho Estol chegam Efemeróptero, Los lirios del campo, Comodín, a chamarrita La reina del sur, Cactus, Qué pasó e Algo más. Também El ratón Gastón, composta a quatro mãos com Arthur De Faría. Completa o disco o tango El aguacero.

Que tal?

É Dolores Solá quem conta um poco da história dos disco, em sua página de Facebook:

Este disco lo grabamos – por una idea compartida con al Prefeitura de Canoas – con nuestros músicos amigos del sur de Brasil para plasmar tantos años de viajes y colaboraciones con ellos desde el descubrimiento de un folklore compartido. Se convirtió en un proyecto muy querido y una experiencia artística y personal muy enriquecedora, donde pudimos rendir tributo a esas músicas que nos apasionaron e influyeron toda la vida desde Brasil (Ellis Regina, Os Mutantes, Tom Zé, los músicos gaúchos y los nordestinos…), y también a la libertad artística con la que encaran los brasileños su música popular.  Hoy Brasil – y toda la región – vive una tragedia atroz e impune. Nuestro año y pico de trabajo en este disco se tiñe de tristeza (incluso hasta hace unos meses el plan era que vinieran a la presentación varios de los músicos brasileños invitados con ayuda de la Prefeitura, pero obviamente, todo se cayó), pero lo presentaremos con alegría brasilera, terca, celebrando todo lo que lograron nuestros pueblos, y sabiendo que vamos a volver. Que la música de este disco – hecha con amigos, libre y libertaria- sea nuestro testimonio y nuestra bandera de resistencia frente a las tremendas injusticias que está viviendo La Pampa Grande.

Serviço:

O La Chicana está todas as sextas e sábados de setembro no Torquato Tasso (Defensa, 1575). A banda é composta por Sebastián Zasali e Marco Antonio Fernandez (bandoneón), Carolina Rodríguez (violino), Agustín Barbieri (percussão), Patricio Cotella (contrabaixo), Acho Estol (violão e direção) e Dolores Solá (voz).  Entradas $280 / Antecipadas: $250

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