♥ Todas as fotos são de divulgação porque estão muito mais lindas que as minhas!
Primeiro, o primeiro: o preço
O Cabaña las Lilas é como se fosse um irmão argentino da Figueira Rubayat em São Paulo (os donos são os mesmos) e o queridinho de brasileiros e celebridades como o escritor Mario Vargas Llosa e o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy. Ou seja, eu nunca duvidei que ele fosse bom. O problema era a fama de caro. Bem, confesso que tenho que anunciar que ele é, sim, mais caro que os restaurantes que costumo frequentar. Mas se você puder, vá. As vezes, é preferível diminuir uma estrela num hotel ou deixar de comprar alguma lembrança na cidade e ter uma refeição memorável no lugar que você está visitando. Eu fiz isso em Lima com o Maido.
Para quem vem do Brasil, o valor é muito parecido com os praticados pelos restaurantes de primeira linha. Aproveite que o câmbio está bom para nós (1 real=5 pesos em dezembro de 2016). Na hora do almoço, o menu executivo custa 495 pesos. Couvert, entrada, prato principal, bebida e sobremesa.
Segundo mito derrubado: Puerto Madero
Existe um certo desdém de muita gente (de locais a experts gastronômicos) com os restaurantes de Puerto Madero, talvez pelo seu perfil turístico. Mas o Cabaña Las Lilas quebra uma série de preconceitos e mescla comida excepcional com uma vista super charmosa. É uma delícia comer à beira do Rio da Prata. Importante: sem pressa. Reserve de duas a três horas para almoçar, por que é isso mesmo o tempo que leva. Fui com a Lucila Runnacles, do Viagem Cult, que também conta sua experiência de vegetariana.
O espaço é gigante, mas a gente não se sente num restaurante grande. Acomoda bem 480 pessoas e tem sala de reuniões. Na parte aberta, além da brisa natural, o restaurante conta com um sistema de canaletas na área superior que, de tempo em tempo, libera um jatinho de água, deixando o clima muito agradável.
Atendimento de excelência
O cliente é mimado desde a chegada, quando é recebido com espumante. O chef, os garçons, o sommerlier – todos são treinados para garantir a excelência que o Cabaña vem conquistando ao longo dos anos. Dito isso, vamos para a entrada que, para mim que como pouco, vale uma refeição. Pães caseiros assados em forno de barro, provoletas, salmão, queijos e presuntos cogumelos e berinjelas condimentadas com azeite de oliva produzido pela própria Cabaña las Lilas. Você ainda pode pedir empanadas, chorizos e morcilhas.
Tchan, tchan, tchan: carnes e vinhos!
Eu aproveitei para comer uma picanha, corte que não é muito comum na Argentina e que o Cabaña faz contentar os brazucas, assim como adotou a farofa e o arroz branquinho. Ah, e ainda a feijoada no inverno, segundo nos conta o chef Juan Ignacio. Os cortes mais pedidos são o ojo de bife, o asado e o bife de chorizo. Você pode pedir as carnes no ponto que quiser e também porções para dividir!
A carta de vinhos pode ser confundida com um romance: são 76 paginas. Sim, senhores! Reúne 750 etiquetas, partindo de um preço médio de 250 pesos e atingindo níveis impensáveis para o meu paladar, como 1.500 pesos.
Guarde um espaço para os doces
As sobremesas são super delicadas. Eu sugiro o “festival”, que traz várias sobremesas (quindim e brigadeiro, inclusive). Mas se você tiver sem condição de seguir comendo, peça somente o café, que vem acompanhado de petit four.
SERVIÇO:
O Cabaña las Lilas (http://www.restaurantlaslilas.com.ar/) fica na Alícia Moreau Justo,516 (Puerto Madero) e funciona de domingo a terça, das 12h às 0h30, e sábados e domingo até a uma da manhã. O restaurante tem estacionamento grátis e, importante: aceita cartões! Tem ainda menu em braile e opções para celíacos e vegetarianos, além de menu infantil.