Puerta del Inca

 

O Puerta del Inca fica em um espaço recém reformado de San Telmo, a Pasaje Belgrano , sítio histórico que guarda vestígios da “primeira” Buenos Aires. A construção data de 1891 e na área funciona hoje também a Casa Lepage Art Hotel. Anote o endereço: na rua Bolívar 373. Mas vamos por partes!

Restaurante Puerta del Inca

 puerta del inca salão

Fui conhecer o Puerta del Inca aproveitando o Buenos Aires Food Week 2017, que oferece menus a preços fixos, e é uma super oportunidade de conhecer aquele restaurante bacanão sem gastar muito. Tinha tempo que eu não saía tão feliz de um restaurante. Tudo o que provei foi delicioso. A especialidade da casa é comida de mar, como eles dizem, com toques peruanos, nacionalidade do chef Luis Hizo Martínez.

puerta del inca file

O menu do dia dia custa 300 pesos (mais ou menos 60 reais) e inclui entrada, prato principal, sobremesa e bebida. À noite é mais caro, e espere pagar o mesmo preço somente pelo prato principal. De tardezinha há uma promoção de 2×1 em coquetéis.

No Buenos Aires Food Week – promoção que vai até dia 24 de setembro – o menu sai por 250 pesos, sem propina e sem bebidas. Entre os fortes da casa estão, obviamente, os ceviches e os tiradito de entrada, além de diversos tipos de linguado (como o da foto acima, com molho de uva) como principais, além da parrilla de mariscos.  Se você quiser uma sobremesa bem peruana, prove o suspiro limeño.

puerta del inca postre

A história da Pasaje Belgrano

Para os amantes de história e arquitetura, o Puerta del Inca oferece nas sextas-feiras, às 19h, uma visita guiada pela Pasaje Belgrano seguida de jantar. No museu que funciona no mesmo local, estão exibidos objetos arqueológicos encontrados durante a restauração do espaço, entre 2005 e 2011, e que correspondem aos períodos colonial e do vice-reinado. Os investigadores resgataram estruturas subterrâneas e recuperaram centenas de objetos da vida cotidiana de três séculos da Argentina, que agora estão em exposição.

O lugar pertencia a Martin de Alzaga, marido da tragicamente falecida Felicitas Guerrero, morta em 1872 (leia mais sobre ela no link abaixo). No final do século XIX, se instalou em uma das lojas a famosa Casa Lepage, de Henri Lepage, pioneiro da indústria cinematográfica argentina e autor do primeiro filme oficial, em 1900, quando registrou justo uma visita do então presidente de Brasil, Campos Salles. Em 1908, todo o conjunto foi comprado por Max Glucksmann, pionero do cinema nacional. Ao longo do século, o espaço teve diferentes donos, até ser adquirido em 2004 pela família Cassará, que tocou o projeto de restauração.

Para quem não quiser fazer a visita guiada com jantar, o espaço do museu está aberto para vistação todos os dias, de graça.

A trágica história de Felicitas Guerrero 

 

 

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