Miró: la experiencia de mirar, traz a Buenos Aires 50 obras do artista. São pinturas, esculturas e desenhos feitos pelo catalão durante suas duas últimas décadas de vida. A mostra abre dia 25 de outubro no MNBA.

Miró em Buenos Aires

A catalunha está na pauta do mundo. E Buenos Aires está alinhadíssima! Dia 25 de outubro, o Museu Nacional de Bellas Artes inaugura a mostra Miró: la experiencia de mirar, com cinquenta obras do artista catalão Joan Miró (1893-1983) feitas durantes suas duas últimas décadas de vida. Pinturas, desenhos e esculturas, uma faceta de Miró que a gente em geral conhece menos.  Os trabalhos pertencem à coleção do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, da Espanha.

Detalhes da exposição

De acordo com o texto distribuído à imprensa pelo MNBA, a particularidade desta exposição será mostrar a produção dos últimos anos de Joan Miró i Ferra, especialmente o período que vai de 1963 a 1981, quando o artista se translada para um estúdio em Maiorca. Neste lugar ele reúne, pela primeira vez em um mesmo espaço, a totalidade de sua produção anterior, o que o permite revisar e redefinir todo seu trabalho.

A exposição – que em março de 2018 segue para Lima (Peru) – chega acompanhada  de dois filmes: Miró parle (Miró habla), de 1974, do fotógrafo e realizador francês Clovis Prévot. A obra traz uma longa entrevista com o artista, realizada em 1972 em Palma de Mallorca por Pere Portabella e Carles Santos, e na qual o pintor repassa toda sua carreira. O segundo é um curta, Miró l’altre (Miró, otro), de 1969, dirigido por Portabella, e considerado um dos malhores materiais sobre o autor, que documenta a composição e a posterior destruição, por parte do artista, de um mural que ele fez no Colegio Oficial de Arquitectos de Barcelona.

Onde:  Museo Nacional de Bellas Artes,  de 25 de outubro a 25 de fevereiro de 2018.

Mais sobre o autor no site da Fundación Miró

A vida do artista

1893 – Nasce em Barcelona em 20 de abril.
1907 – Estuda na Escola de Comércio de Barcelona e na Escola de Artes e Ofícios La Lonja.
1912 – Entra para a Escola de Arte Francesc Galí. Visita as primeiras exposições cubistas e fauvistas em Barcelona. Faz as primeiras pinturas a óleo.
1918 – Primeira exposição individual em Barcelona.
1919 – Viaja a Paris, onde conhece Picasso.
1920 – Muda para Paris. Assiste a manifestações dadaístas.
1921 – Primeira exposição individual em Paris. É um fracasso.
1923 – Conhece Ezra Pound, Ernest Hemingway e Prévert.
1924 – Torna-se amigo de Paul Éluard e André Breton. Participa de exposições do grupo surrealista.
1927 – Monta ateliê com Max Ernest, Magritte, Éluard e Arp. Pinta telas da série sobre o circo.
1928 – Primeira grande exposição em Paris.
1929 – Casa com Pilar Juncosa.
1930 – Expõe pela primeira vez nos EUA e começa a criar as litografias para o livro “L’Arbre des Voyageurs”, de Tzara.
1932 – Volta para Barcelona.
1937 – Retorna a Paris. Pinta um mural para o pavilhão da República espanhola na Exposição Universal de Paris.
1940 – Muda para Palma de Mallorca quando os alemães invadem Paris. Começa a pintar a série “Constelações”.
1941 – O Museu de Arte Moderna de Nova York realiza a primeira grande retrospectiva de Miró.
1942 – Volta para Barcelona. Franco proíbe suas exposições.
1956 – Volta para Palma de Mallorca.
1958 – Faz, com Artigas, “Muro do Sol” e “Muro da Lua”, na Unesco, em Paris.
1968 – Pinta o tríptico “Pintura para a Cela de um Prisioneiro”.
1974 – Faz duas grandes exposições retrospectivas em Paris.
1975 – Abertura da Fundação Joan Miró em Barcelona.
1978 – Faz 85 anos e ganha retrospectiva no Museu Espanhol de Arte Contemporânea, em Madri.
1983 – Morre em 25 de dezembro, em Palma de Mallorca.

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