Gardel: sua relação com os esportes e a balança!

 

Nem Carlos Gardel se escapou da briga com a balança. O mais famoso cantor de tangos do mundo tinha tendência à obesidade e chegou a pesar 118 quilos! Como era também um bom garfo – entre sus paixões estava o puchero -, passou a vida fazendo fazendo dietas (dizem, inclusive, que tomava medicamentos) e, obviamente, muito exercício. Uma exposição no Museu Carlos Gardel, em Buenos Aires, investiga um pouco mais esta relação do cantor com os esportes – os que tinha fazer por obrigação para manter o físico de “galã”, e os que eram suas paixões.

 

gardel e os esportes _em traje de banho

 

Gardel  fazia ginástica, jogava bocha e tênis. Praticava também “ginástica sueca”, uma série de movimentos sem sair do lugar, na Associação Crista de Moços, junto com outros tangueiros como José Razzano, Julio de Caro, Francisco Lamuto e Juan de Dios Filiberto. Eram as  “classes de Bohemia”, já que faziam os exercícios ao som do piano.

A mostra está organizada em três núcleos: futebol, turfe e outros esportes. Os dois primeiros eram paixões de Gardel. A exposição traz fotografias, documentos pessoais, discos, partituras, filmes e objetos de época que comprovam o vínculo que tinha com as atividades esportivas.

Mas a debilidade de Gardel era mesmo as corridas de cavalo, tanto é que um de seus tangos mais famosos, “Por una cabeza”, fala sobre um apostador compulsivo em corridas.

Gardel e os esportes

 

Seus amigos mais chegados também eram do ambiente do turf:  o jóquei Irineo “Pulpo” Leguisamo e o treinador de cavalos puro sangue Francisco “Brujo” Maschio. Este último, preparava um dos cavalos preferidos do cantor (que foi dono de vãrios), o “Lunático”, homenageado inclusive, em 2006, com uma música pelo Gotan Project,

O repertório gardeliano inclui vários outros tangos “turfísticos”, como “Leguisamo solo”, “Palermo”, “Bajo Belgrano”, ”La catedrática”, “Soy una fiera”, “Polvorín” e “Uno y uno”.

 

Gardel e os esportes

Gardel com Leguisamo e Maschio

 

O Museu carlos Gardel foi recentemente reformado (uma obra cheia de polêmica) e todas as suas músicas digitalizadas – dá para escutar as 893 canções gravadas por Gardel, ordenadas de maneira cronológica ate 1935. Uma das salas é dedicada à morte do artista e à sua última turnê. Neste espaço se exibem imagens inéditas, como as de sua última parada na Colômbia, antes do fatal acidente em Medellín, em 24 de junho de 1935. Há um vídeo de Gardel, antes de subir no avião, e também fotos da aeronave, destruída depois do acidente, e da chegada do barco com o corpo do cantor, em Buenos Aires.

Se você tá vindo para cá, o espaço vale a visita.

A mostra Gardel e os Esportes inclui uma playlist, no Spotify.

 

Serviço:

Museu Carlos Gardel (Jean Jaurés 735). Até 31 de março de 2019.  Horários de visita: fechado nas terçar! Nos outros dias, das 11h as 18h.  Valor da entrada: 30 pesos.

 

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