Tangos para bailar: cinco discos lançados em 2018

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O ano de 2018 foi profícuo para as novas orquestras, com uma série de bons discos lançados – todos incluindo tangos para bailar. Esse era um dos pontos mais críticos das orquestras contemporâneas que, segundo muitos bailarinos, lançavam obras impossíveis de serem interpretadas nas pistas. Selecionei alguns discos lançados no ano passado, para vocês atualizarem as tandas.

Playlist no final do post!

Tangos para bailar

Sexteto Fantasma – Fuego Bohemio

Fuego Bohemio é o segundo disco do Sexteto Fantasma, um grupo que surgiu há cinco anos junto com a milonga Ventanita de Arrabal, no bairro de Almagro, e que recentemente se mudou para Palermo. Neste último lançamento, as composições próprias ganharam mais terreno. A gente sabe que, mesmo após duas décadas de abertura para novos horizontes do gênero, fazer um álbum com música própria ainda é um desafio. E por isso o Aquí me Quedo parabeniza o Sexteto Fantasma.

O disco traz, entre seus destaques, os temas Noches Milongueras (gravado anteriormente pelo 34 Puñaladas) e Felicidad (que também ganhou versão de Hernán “Cucuza” Castiello) e, por fim, a milonga Florianópolis, cidade xodó de muitos argentinos e que merecia uma homenagem. O Fuego Bohemia tem ainda a participação de Kevin Johansen, Jorge Serrano e Juan Quintero, artistas centrais da canção popular argentina que normalmente não transitam na cena tanguera.

 

Tangos para bailar

Misteriosa Buenos Aires – Hoy Misteriosa

A orquestra típica Misteriosa Buenos Aires cresceu muito no ano passado e investiu (como outras agrupações) em vídeos no you tube para divulgação de seu trabalho. O disco Hoy Misteriosa traz clássicos tangueiros – como Tu Corazón, Vida Mía e Bahia Blanca – com novos arranjos. E ainda uma versão tangueada de Seguir viviendo sin tu amor, de Luis Alberto Spinetta, um dos roqueiros mais importantes da história musical argentina.

 

Tangos para bailar

Romántica Milonguera – Besos Brujos

Besos Brujos é o quarto disco da Romántica Milonguera, que também voou alto em 2018. Adoro essa orquestra, que tem o diferencial de ter duas mulheres bandoneonistas na linha de frente. Como a Misteriosa, eles elegeram um conteúdo mais conhecido e bem dançável, com tangos com Qué te importa que te llores e Besos Brujos, que dá nome ao disco.

 

Tangos para bailar

La Martino – Plural

A La Martino nasceu no final de 2014,  a partir da inquietude de jovens músicos, que queriam aportar novos conceitos ao tango. Inovar na sonoridade, mas sem perder a essência própria do gênero. Deu certo. Em 2016 eles lançaram o primeiro trabalho, “La Martino Orquesta Típica”, nominado no ano seguinte no Premio Gardel 2017 como “Melhor Álbum Novo Artista de Tango”. Agora chega o segundo disco, Plural, que vocês podem escutar na íntegra AQUI.  Nem todos os  tangos são para dançar, mas muitos deles sim.

Milongas para dançar ao ar livre 

 

Tangos para bailar

Pablo Ramos y los Herederos del Compás

Essa orquestra nasceu em 2009, com o objetivo de recriar o estilo de uma das mais importantes formações da história do tango, a de Juan D’arienzo. Seu cantor, Pablo Ramos, é filho do último cantor do Rey del Compás, Osvaldo Ramos. Eles são ótimos e super divertidos na maneira d tocar. Esse primeiro disco traz títulos como La Cumparsita, El Internado, Loca, Paciencia e Mi Dolor, entre outros clássicos. Amo. Pra colocar na vitrola e sair dançando imediatamente! Seguem a premissa do maestro: ritmo, nervo, força e caráter.

 

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