Voltei do Chile cheia de dicas e coisas para contar, mas vamos por partes. Primeiro, achei Santiago super cara. Ou talvez eu esteja apenas mal acostumada com a Argentina. Não sei…
De qualquer forma, parece que não esta caro para os brasileiros. A cidade estava lotada de brazucas, bem mais que aqui, como se isso fosse possível.
Mas vamos às dicas. Na verdade, na verdade, não são dicas, porque só fiz o básico. Então são as minhas impressões do que todo mundo já sabe…
Um dos meus passeios preferidos foi a visita a La Chascona, casa que Pablo Neruda construiu para viver com Matilde Urrutia – primeiro quando eram amantes e, mais tarde, casados oficialmente.
É a segunda vez que vou ao Chile e a segunda vez que visito essa casa, uma das tres que o poeta construiu no país.
Adoro. Principalmente porque a história de amor deles é linda. Se conheceram na residencia do muralista Diego Rivera, no México, e passaram seis meses se amando em Capri, na Itália, antes de voltarem para o Chile.
Como Neruda era casado na época, o poeta construiu a casa para os dois se encontrarem.
A construção tem três níveis, erguidos em épocas diferentes, e simula um barco.
Tem passagens secretas, muitos objetos curiosos, originais, e uma vista deslumbrante para a cordilheira.
O nome, La Chascona, é uma palavra quechua que significa “cabelo desordenado” o “despenteado”, um dos apelidos que o poeta deu a Matilde.
Depois da norte de Neruda, a casa sofreu um ataque de vandalismo por parte dos militares, que jogaram cerca de 2 mil livros no canal que passava por dentro do terreno. Isso causou bloqueou a passagem da água, causando uma inundação na casa.
Mesmo assim, foi ali que Neruda foi velado e de onde saiu o cortejo até o cemitério, ato que se constituiu na primeira manifestação publica contra o golpe militar.
A historia esta toda AQUI, bem como outras fotos. É proibido fotografar o interior da casa, mas achei uma no New York Times. Segue abaixo.