Proyecto Migrantes

 

Papalote Azul e La Balsa de la Ekeka são as duas histórias que fazem parte do Proyecto Migrantes, uma obra que tem direção de Andrea Castelli e entra em nova temporada para apenas duas apresentações este mês, dias 21 e 28, no Museu del Títere, em San Telmo.

É uma excelente oportunidade para ver teatro de marionetas para adultos.  Imigração ilegal, trabalho escravo e exploração infantil são alguns dos temas abordados. Todos os objetos em cena foram feitos pelas próprias atrizes ou vieram do México e da Bolívia. É bem emociante este trabalho, mas com pitadas de humor, especialmente na La Balsa de Ekeka. Para completar, a trilha sonora também tá 10. Andrea é a mesma diretora de Absencia, Arrabal Salvaje, Enaguas e Fabulandia, para citar algumas de suas obras.

Equipaje, fronteras, distancia.

Dejar la tierra propia, padecer la ajena.

 

Proyecto Migrantes – Papelote Azul

A primeira obra, Papalote azul, é interpretada por Violeta González y Cynthia Pineda e suas duas bonecas de pano, sem rosto, que nos contam a história das primas Cata e Amalia. Em algum lugar do México, as duas têm uma vida simples, de pequenas coisas e afetos, até que chega o pai de Cata e a leva com ele na esperança de dar-lhe um lar melhor em outro país.

É preciso cruzar a fronteira, o sinistro muro que os Estados Unidos começaram a levantar lá por 1994 e que hoje Donald Trump decretou sua total construção.

Longe de casa, como continuar vivendo?

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Será necessária a construção de um “barrilete” (para nós, brasileiros, uma pipa, um papagaio), carregado de ilusão, para que aquela que se foi possa, um dia, voltar para a casa, como as aves que emigram e regressam com o bom tempo.

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Proyecto Migrantes – La Balsa de Ekeka

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A segunda obra, La Balsa de Ekeka, começa num mercado onde se pode comprar tudo em miniatura. Casinhas, malinhas amuletos: a Feira de Alasitas, tradição pré-colombiana que acontece a cada ano na cidade de La Paz e rende homenagem a Ekeko, deus da abundância. Berenice de la Cruz e Olivia Torrez interpretam Marte e Sole e fazem uma viagem pela cultura de sua terra e seus desejos.

A peça – que tem muito humor – também roça temas de gênero e o complexo universo das oficinas têxteis clandestinas.

Entradas por Alternativa Teatral 

 

 

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